Brasil247 - O presidente em exercício , Geraldo Alckmin (PSB), afirmou neste domingo (26) que o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, representa “um passo importante para o Brasil e os EUA estreitarem mais seus laços de amizade”. Segundo o Metrópoles, Alckmin afirmou que a reunião é “mais uma evidência do compromisso do governo do presidente Lula com o povo brasileiro”, destacando o caráter diplomático da reunião..

Encontro abordou tarifas e marcou retomada do diálogo

O encontro entre Lula e Trump aconteceu na capital da Malásia e durou cerca de uma hora. Na pauta, o principal tema foi o tarifaço imposto por Washington a produtos brasileiros, que tem gerado atritos comerciais desde o início da medida.

Trump mostrou disposição em negociar a redução das tarifas. “Acho que vamos conseguir fazer alguns acordos muito bons que estamos discutindo, e eu acho que vamos acabar tendo um relacionamento muito bom”, disse o presidente estadunidense.

Lula defende suspensão de tarifas

Durante a conversa, Lula reforçou que não existem divergências significativas que possam prejudicar o relacionamento entre os dois países e pediu a suspensão imediata das tarifas sobre produtos brasileiros. O diálogo ocorreu a portas fechadas, com a presença de ministros de Estado e assessores de ambas as delegações.

Participaram do encontro, pelo lado dos EUA, o secretário de Estado,Marco Rubio, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o secretário de Comércio Jamieson Greer. Representando o Brasil, acompanharam o presidente o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário-executivo do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Rosa.

Bolsonaro foi citado brevemente

O nome de Jair Bolsonaro (PL) foi mencionado apenas no início da reunião, durante um questionamento da imprensa. Trump respondeu que “sempre” gostou de Bolsonaro, mas não deixou claro se a situação jurídica do ex-mandatário terá qualquer papel nas discussões sobre o tarifaço.

A Casa Branca havia justificado anteriormente a taxação de 50% sobre produtos brasileiros alegando uma suposta perseguição política a Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão por tramar um golpe de Estado.. Apesar disso, o encontro entre Lula e Trump é visto como um gesto de distensão e um sinal de reaproximação diplomática.