O deputado federal Aécio Neves (PSDB/MG) virou réu nesta sexta-feira (5), na Justiça Federal de São Paulo, pelos crimes de corrupção passiva e obstrução à Justiça. O juiz João Batista Gonçalves, da 6º Vara Criminal, especializada em crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro, ratificou denúncia feita pela Procuradoria Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A acusação partiu das delações de Joesley Batista, do Grupo J&F, que afirmou ter desembolsado R$ 2 milhões em propina para o parlamentar, que à época era senador, em troca de favores políticos. Além de Aécio, são acusados também a irmã dele, Andréa Neves, um primo dele e um assessor parlamentar.

De acordo com a denúncia, o parlamentar teria tentado também impedir e embaraçar as investigações da Operação “Lava Jato”.

No despacho, o juiz determinou que Aécio e os demais réus sejam intimados para oferecer resposta à acusação.

Em nota divulgada nesta sexta-feira (5), o advogado de defesa de Aécio, Alberto Toron, afirmou que não há nenhum fato novo. “Trata-se apenas do declínio de competência que transferiu a denúncia aceita pela 1ª Turma do STF para a Justiça Federal de SP. Decisão que a defesa do deputado considera correta.

A partir de agora as investigações demonstrarão de forma clara que o deputado Aécio Neves foi, na verdade, vítima de uma ação criminosa do Sr. Joesley Batista em parceria com o ex- procurador investigado Marcelo Miller e outros atores que as investigações irão apontar. Ao final restará provada a absoluta correção dos atos do deputado e de seus familiares”, disse.

O advogado de defesa de Aécio Neves, Alberto Toron, afirmou que não há nenhum fato novo.