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O próximo prefeito de Brumadinho questionou os moldes do acordo de reparação firmado entre a mineradora e o Governo de Minas Gerais, mediado pelo Ministério Público, e realizado sem participação de representantes da cidade. Segundo ele, houve falta de interesse do poder público, estadual, federal e municipal, no processo, tanto para o valor destinado à cidade, como para as demandas locais.
"De um total de R$ 37 bilhões, Brumadinho receberá apenas R$ 1,5 bilhão, menos de 5% do total. Isso não é justo. As decisões foram tomadas sem a participação efetiva da cidade, algo que não permitirei que continue", criticou. "Como decidir o futuro de uma cidade sem ouvir quem vive e conhece os problemas de perto? Como que as pessoas vão decidir por Brumadinho se elas não estão em Brumadinho?", pontuou em menção ao acordo assinado em fevereiro de 2021, após três meses de reuniões entre o governo de Minas Gerais, o Ministério Público Federal e a Vale.
“Se for no Google e colocar o que é o prefeito, as funções, a responsabilidade é de representar o povo. Eu fui eleito para falar por eles, então eu tenho essa preocupação de falar pelo meu povo", afirmou sobre a eleição com mais de 12 mil votos. "Eu vivo em Brumadinho há 32 anos. Eu convivo com os problemas diariamente e só quem sabe solução é quem convive com os problemas. Como é que a gente vai pegar as instituições de Justiça, o Ministério Público, que, com todo respeito, não sabe dos problemas de Brumadinho, para decidir?”, questionou sobre o acordo.
Parreiras também cobrou maior envolvimento do governo estadual nas ações de recuperação do município, principal afetado pelo rompimento da barragem Mina do Córrego do Feijão. Segundo ele, em conversa com o governador Romeu Zema e o vice-governador Mateus Simões (ambos Novo) após a eleição, a urgência de revisitar o acordo de reparação foi destacada. “A falta de ação do Estado e do Governo Federal é evidente. Brumadinho precisa de muito mais do que foi acordado. E, se for necessário, vou bater na porta deles toda semana”, destacou. A próxima meta de Parreiras está em uma conversa com o presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) sobre investimentos para a cidade.
Segundo Parreiras, a intenção no mandato é diminuir a dependência da cidade com relação às mineradoras. “Infelizmente, hoje, Brumadinho precisa da mineração. A gente tem que dar um jeito para ter uma mineração que não mate. A gente precisa fazer realmente com que as leis sejam cumpridas, que a gente possa respeitar as vidas e ter ferramentas no município para conseguir fazer esse tipo de virada socioeconômica, ou seja, desprender se um pouco da mineração”, detalhou o prefeito eleito, que pretende dar continuidade ao desenvolvimento de um polo industrial da cidade e incentivar o turismo no local.
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Prefeito eleito de Brumadinho, Gabriel Parreiras (PRD) discorda do formato do acordo de repactuação que envolve a cidade, marcada pela tragédia do rompimento de uma barragem da Vale em 2019, que matou 270 pessoas. Em participação no Café com Política da FM O TEMPO 91,7, nesta sexta-feira (8 de novembro), ele criticou a dependência econômica da mineração, que ainda responde por cerca de 40% da arrecadação municipal em uma cidade que ainda sofre os impactos do maior crime ambiental da história do Brasil.
O próximo prefeito de Brumadinho questionou os moldes do acordo de reparação firmado entre a mineradora e o Governo de Minas Gerais, mediado pelo Ministério Público, e realizado sem participação de representantes da cidade. Segundo ele, houve falta de interesse do poder público, estadual, federal e municipal, no processo, tanto para o valor destinado à cidade, como para as demandas locais.
"De um total de R$ 37 bilhões, Brumadinho receberá apenas R$ 1,5 bilhão, menos de 5% do total. Isso não é justo. As decisões foram tomadas sem a participação efetiva da cidade, algo que não permitirei que continue", criticou. "Como decidir o futuro de uma cidade sem ouvir quem vive e conhece os problemas de perto? Como que as pessoas vão decidir por Brumadinho se elas não estão em Brumadinho?", pontuou em menção ao acordo assinado em fevereiro de 2021, após três meses de reuniões entre o governo de Minas Gerais, o Ministério Público Federal e a Vale.
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Parreiras também cobrou maior envolvimento do governo estadual nas ações de recuperação do município, principal afetado pelo rompimento da barragem Mina do Córrego do Feijão. Segundo ele, em conversa com o governador Romeu Zema e o vice-governador Mateus Simões (ambos Novo) após a eleição, a urgência de revisitar o acordo de reparação foi destacada. “A falta de ação do Estado e do Governo Federal é evidente. Brumadinho precisa de muito mais do que foi acordado. E, se for necessário, vou bater na porta deles toda semana”, destacou. A próxima meta de Parreiras está em uma conversa com o presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) sobre investimentos para a cidade.
Segundo Parreiras, a intenção no mandato é diminuir a dependência da cidade com relação às mineradoras. “Infelizmente, hoje, Brumadinho precisa da mineração. A gente tem que dar um jeito para ter uma mineração que não mate. A gente precisa fazer realmente com que as leis sejam cumpridas, que a gente possa respeitar as vidas e ter ferramentas no município para conseguir fazer esse tipo de virada socioeconômica, ou seja, desprender se um pouco da mineração”, detalhou o prefeito eleito, que pretende dar continuidade ao desenvolvimento de um polo industrial da cidade e incentivar o turismo no local.