Ricardo Feltrin

UOL

As “Aventuras de Poliana”, de Íris Abravanel, estreia esta noite no SBT como a maior aposta do SBT em dramaturgia em todos os tempos.

Trata-se da novela mais cara, mais longa e com o maior investimento comercial já produzida pela emissora.

A previsão é que tenha mais de 500 capítulos. Ou seja, a novela deve durar até por volta de 2020

Ao contrário de “Carinha de Anjo”, que termina, “As Aventuras de Poliana” ganhou cidade cenográfica própria, vai ocupar dois estúdios do SBT (7 e 8), e terá muitas cenas externas, inclusive algumas rodadas no sertão.

O SBT não revela valores, mas a coluna apurou que muitos capítulos iniciais já vão passar dos R$ 120 mil.

Para o SBT é de fato o maior investimento já feito em dramaturgia. Mas, vale lembrar, em média uma novela da Globo custa até o dobro disso só por capítulo. No caso do SBT são apenas alguns capítulos que terão esse custo (R$ 120 mil).

Diluindo o valor em 500 episódios, segundo a coluna apurou, o custo de "As Aventuras de Poliana" deve ficar entre R$ 15 milhões ou até mais de R$ 17 milhões.

Mas, há uma contrapartida comercial: a novela, inspirada no romance de Eleanor H. Porter, chegará ao ar com enorme aparato de produtos no mercado.

Bonecas, CD, DVD, material escolar, roupas, brinquedos etc. são parte do investimento pesado que a emissora está fazendo em licenciamento e marcas.

A aposta do SBT em seu novo produto pode ser mensurada pelo momento em ela está indo ao ar: “Poliana” está sendo lançada em pleno início de nova novela da Globo (“Segundo Sol”) e à beira do início da Copa do Mundo da Rússia --outra exclusividade da Globo.

A direção da novela do SBT é de Reynaldo Boury.

Nos papéis principais estão artistas como Larissa Manoela, Milena Toscano, Dalton Vigh e Flavia Pavanelli, entre outros.

Clássico da literatura infanto-juvenil, “Pollyana” foi lançada pela escritora Eleanor Porter em 1913, logo se tornando um best-seller.

O sucesso e a repercussão foram tão grandes que surgiu um termo --síndrome de Poliana-- que é usado em pessoas com otimismo excessivo ou impensado.

A história foi contada na TV e no cinema várias vezes. A primeira versão cinematográfica é de 1920 --um filme mudo.