Paolla Oliveira vira mulher de médico condenado por estupro em 'Assédio'

Após viver a policial Jeiza na novela “A Força do Querer”, da Globo, Paolla Oliveira não quis saber de tirar um longo período de férias. Ela optou por um período curto de descanso e logo começou a preparação para um novo trabalho. A atriz está no elenco de “Assédio”, série inspirada na trajetória de Roger Abdelmassih – ex-médico especialista em inseminação artificial condenado a 181 anos de prisão pelo estupro de 37 pacientes –, que a Globo prepara para exibir em seu novo serviço de streaming.

Escrita por Maria Camargo e dirigida por Amora Mautner, a série terá dez episódios e já está sendo gravada. Paolla será Carolina, a segunda mulher do médico, que na trama se chama Roger Salada e é interpretado pelo ator Antonio Calloni. Ela continua ao lado do marido mesmo após as acusações de estupro.

A personagem é inspirada em Larissa Sacco, que na vida real conheceu Abdelmassih em 2008 durante um tratamento para engravidar de um ex-namorado. De paciente, virou mulher do médico e abandonou tudo para fugir com ele após sua condenação pela Justiça.

“É uma paixão dúbia, se pararmos para pensar por quem ela se apaixonou e quais os fatos que envolvem sua vida. Acho que daria uma série só dela pela personalidade que a personagem tem e as escolhas que fez”, disse a atriz em entrevista ao site Notícias da TV.

Polêmica. Paolla revelou que a possibilidade de interpretar uma personagem tão complexa como Carolina a fez optar por não tirar férias após “A Força do Querer”. O descanso mesmo, segundo ela, deve acontecer a partir de março. O convite para viver Carolina chegou quando ela ainda estava no ar como a policial Jeiza.

A atriz definiu o novo papel como “polêmico” e afirmou que o novo trabalho é especial, porque a fez se questionar sobre os estupros cometidos pelo hoje ex-médico. Segundo ela, a personagem de “Assédio” é o oposto de Jeiza. “Carolina é completamente diferente da Jeiza, é uma mulher movida por uma paixão”, pontuou, acrescentando que a riqueza do debate que a história vai promover a seduziu desde que leu a sinopse.

Paolla fez questão de frisar que a série “Assédio” tem mexido com ela. “Esse é um caso muito específico (a história da trama), é uma obra livremente inspirada. Não é biográfico, mas falar de assédio é falar de uma coisa que está em voga, tem muito a se discutir”, ressaltou. Ao ser questionada se é engajada na luta contra o assédio, Paolla afirmou que toda mulher é. “Só não é quem é alienada ou não lê jornal”, declarou.

Nova plataforma de streaming

Online. Ainda não é certo se “Assédio” será exibida na Globo. A produção será disponibilizada na nova plataforma de streaming que o Grupo Globo pretende lançar neste ano.

Serviço. A plataforma, que não teve o nome divulgado, deve reunir os conteúdos ao vivo e de acervo da TV Globo e dos canais da Globosat, além de filmes e outras produções.