A imagem de Paulo Miklos sempre esteve ligada a uma performance elétrica. No Titãs, banda que integrou até 2016, a figura do vocalista sempre se sobrepôs à do baixista (ele tocou baixo na primeira fase, ainda nos anos 1980) e ao guitarrista (assumiu a guitarra rítmica no grupo).
É essa versão desplugada do músico – de cancionista – que será vista nesta sexta (14), em BH, no Centro Cultural Minas Tênis Clube. Miklos é o primeiro convidado da edição 2019 do projeto Uma voz, um instrumento, que chega ao seu quarto ano. A iniciativa leva para o palco intérpretes e compositores para uma apresentação solo ou com, no máximo, dois outros músicos convidados.
Miklos estará sozinho em cena, onde vai desfiar suas canções e as de outros. Com três álbuns solo, ele pretende enfatizar o repertório do mais recente deles, A gente mora no agora (2017). “Nesse trabalho, reproduzi algo que sempre experimentei dentro dos Titãs, que foi compor com vários parceiros diferentes”, conta. E bota diversidade nisso.
Em 13 faixas, o disco reúne parcerias com Emicida (A lei desse troço), Guilherme Arantes (Estou pronto), Tim Bernardes (Samba bomba), Céu (Princípio ativo e Risco azul) e Arnaldo Antunes (Deixar de ser alguém). No show, Miklos, entre uma canção e outra, conta histórias. Uma delas vem da parceria com Erasmo Carlos.
“Mandei para ele um e-mail dizendo que eu tinha sabido, por meio de uma reportagem, que caem no Brasil 50 milhões de raios por ano. É o lugar em que mais caem raios no planeta, ou seja, o Brasil é o país mais elétrico do mundo. Aí disse que tinha me lembrado de Pega na mentira e que, se eu estivesse mentindo, um raio caísse na minha cabeça. Então, se a gente seguisse esse raciocínio, o Brasil é o país em que mais se mente no mundo”, conta Miklos. A partir dessa apresentação, Erasmo compôs com ele País elétrico.
INTÉRPRETE “A última camada desta história é o intérprete. Para mim, é um grande barato trazer unidade a esta diversidade toda. Tem rock, maracatu, ijexá, frevo”, comenta ele. Além dessas canções, Miklos ainda joga para a plateia, tocando músicas dos Titãs e versões de Sabotage (Um bom lugar) e Adoniran Barbosa (Saudosa maloca).
Vale dizer que as versões dialogam com a porção ator de Miklos. Foi ao lado de Sabotage que ele estreou no cinema, no longa O invasor (2001), de Beto Brant. Mais recentemente, interpretou Adoniran no curta Dá licença de contar (2015), de Pedro Soffer Serrano.
É na base do tudo ao mesmo tempo agora que Miklos segue com a carreira na música, no cinema, no teatro e na televisão. Em maio, terminou sua participação na novela O sétimo guardião, na qual interpretou o beato Jurandir. Depois da trama da 21h, ainda gravou uma participação na segunda temporada da série Filhos da pátria, que terá o novo ano centrado na Era Vargas. Aguarda ainda o lançamento de dois longas em fase de finalização: O clube dos anjos, de Ângelo Defanti, baseado no livro de Luis Fernando Veríssimo sobre os pecados capitais (a história gira em torno da gula), e O homem cordial, de Iberê Carvalho, em que vive o protagonista, um roqueiro dos anos 1980.
Já em julho ele roda Jesus Kid, novo longa do cineasta Aly Muritiba (Ferrugem). Mais uma vez, Miklos será o personagem principal. O roteiro é de Lourenço Mutarelli, também autor do livro homônimo. Na história, Miklos será Eugênio, um escritor de livros de western que, atravessando uma fase difícil, é contratado por um produtor de cinema para escrever o roteiro de um filme. O problema é que no contrato está previsto que o roteiro deve ser escrito dentro de um hotel luxuoso, do qual Eugênio não pode sair durante três meses. Miklos já está em meio à preparação do personagem. “Ele é um sujeito bem magro e eu, que estou acima do peso, tenho que fazer regime.”
PAULO MIKLOS
Show nesta sexta (14), às 21h, no Centro Cultural Minas Tênis Clube, Rua da Bahia, 2.244, Lourdes, (31) 3516-1360. Ingressos: R$ 50 e R$ 25 (meia).
“É interessante pensar nisso, pois toco violão desde os 12 anos. Minhas canções sempre nasceram no violão. Assumi a guitarra em minha longa história de banda, mas isso não seria possível se eu não tivesse a base do violão”, comenta Miklos, de 60 anos.É essa versão desplugada do músico – de cancionista – que será vista nesta sexta (14), em BH, no Centro Cultural Minas Tênis Clube. Miklos é o primeiro convidado da edição 2019 do projeto Uma voz, um instrumento, que chega ao seu quarto ano. A iniciativa leva para o palco intérpretes e compositores para uma apresentação solo ou com, no máximo, dois outros músicos convidados.
Miklos estará sozinho em cena, onde vai desfiar suas canções e as de outros. Com três álbuns solo, ele pretende enfatizar o repertório do mais recente deles, A gente mora no agora (2017). “Nesse trabalho, reproduzi algo que sempre experimentei dentro dos Titãs, que foi compor com vários parceiros diferentes”, conta. E bota diversidade nisso.
Em 13 faixas, o disco reúne parcerias com Emicida (A lei desse troço), Guilherme Arantes (Estou pronto), Tim Bernardes (Samba bomba), Céu (Princípio ativo e Risco azul) e Arnaldo Antunes (Deixar de ser alguém). No show, Miklos, entre uma canção e outra, conta histórias. Uma delas vem da parceria com Erasmo Carlos.
“Mandei para ele um e-mail dizendo que eu tinha sabido, por meio de uma reportagem, que caem no Brasil 50 milhões de raios por ano. É o lugar em que mais caem raios no planeta, ou seja, o Brasil é o país mais elétrico do mundo. Aí disse que tinha me lembrado de Pega na mentira e que, se eu estivesse mentindo, um raio caísse na minha cabeça. Então, se a gente seguisse esse raciocínio, o Brasil é o país em que mais se mente no mundo”, conta Miklos. A partir dessa apresentação, Erasmo compôs com ele País elétrico.
INTÉRPRETE “A última camada desta história é o intérprete. Para mim, é um grande barato trazer unidade a esta diversidade toda. Tem rock, maracatu, ijexá, frevo”, comenta ele. Além dessas canções, Miklos ainda joga para a plateia, tocando músicas dos Titãs e versões de Sabotage (Um bom lugar) e Adoniran Barbosa (Saudosa maloca).
Vale dizer que as versões dialogam com a porção ator de Miklos. Foi ao lado de Sabotage que ele estreou no cinema, no longa O invasor (2001), de Beto Brant. Mais recentemente, interpretou Adoniran no curta Dá licença de contar (2015), de Pedro Soffer Serrano.
É na base do tudo ao mesmo tempo agora que Miklos segue com a carreira na música, no cinema, no teatro e na televisão. Em maio, terminou sua participação na novela O sétimo guardião, na qual interpretou o beato Jurandir. Depois da trama da 21h, ainda gravou uma participação na segunda temporada da série Filhos da pátria, que terá o novo ano centrado na Era Vargas. Aguarda ainda o lançamento de dois longas em fase de finalização: O clube dos anjos, de Ângelo Defanti, baseado no livro de Luis Fernando Veríssimo sobre os pecados capitais (a história gira em torno da gula), e O homem cordial, de Iberê Carvalho, em que vive o protagonista, um roqueiro dos anos 1980.
Já em julho ele roda Jesus Kid, novo longa do cineasta Aly Muritiba (Ferrugem). Mais uma vez, Miklos será o personagem principal. O roteiro é de Lourenço Mutarelli, também autor do livro homônimo. Na história, Miklos será Eugênio, um escritor de livros de western que, atravessando uma fase difícil, é contratado por um produtor de cinema para escrever o roteiro de um filme. O problema é que no contrato está previsto que o roteiro deve ser escrito dentro de um hotel luxuoso, do qual Eugênio não pode sair durante três meses. Miklos já está em meio à preparação do personagem. “Ele é um sujeito bem magro e eu, que estou acima do peso, tenho que fazer regime.”
PAULO MIKLOS
Show nesta sexta (14), às 21h, no Centro Cultural Minas Tênis Clube, Rua da Bahia, 2.244, Lourdes, (31) 3516-1360. Ingressos: R$ 50 e R$ 25 (meia).