Apaixonado por jazz, ele conta que o pianista norte-americano Bill Evans é uma de suas maiores influências. “Era muito jovem e admirava o jeito dele de formar os acordes, de tocar bonito. Achava aquilo muito legal. Dos brasileiros, acho que minha maior influência foi o Luiz Eça, na época do Tamba Trio. Tem também o Amilton Godoy, meu grande ídolo até hoje.”
Aos 72 anos,Nelson Ayres tem vários projetos. “Um deles é a parceria com a cantora paulista Mônica Salmaso. Eu, ela e o flautista Teco Cardoso fazemos alguns programas com orquestra”, conta. Regente da Orquestra Tom Jobim, ele se orgulha desse trabalho. “São 70 jovens que só tocam música popular. É uma sinfônica de um nível assustador, pois eles tocam muito”, diz.
Outro projeto de Ayres é o John Surman Trio. “Temos feito vários shows na Europa. Surman é um saxofonista inglês, um dos grandes do jazz europeu. O percussionista Robin Waring também toca conosco. Lançamos na Europa o CD Invisible theads. Já a Nelson Ayres Big Band tem um disco independente com 16 faixas. São três trabalhos deliciosos, além da big band, é claro.”
Criada em 2015, a Nelson Ayres Big Band é formada por Alberto Luccas (contrabaixo), Ricardo Mosca (bateria), André Tinoco (trombone), Bruno Belasco (trompete), Cassio Ferreira (saxofone), César Roversi (saxofone), Diego Calderoni (trombone), Fábio Oliva (trombone), Paulo Malheiros (trombone), João Lenhari (trompete), Lucas Macedo (saxofone), Mauro Oliveira (saxofone), Nahor Gomes (trompete), Rubinho Antunes (trompete) e Ubaldo Versolato (saxofone).