Mônica Salmaso: música boa, causa nobre

29/08/2018 00h00 - Atualizado em 21/03/2019 12h37 por Admin

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Cantora se apresenta acompanhada pela Orquestra de Câmara Sesiminas e por Rafael Martini e Dudu do Cavaco

 





 


GUSTAVO ROCHA
OTEMPO.com.br
 
 
Quando a paulistana Mônica Salmaso subir ao palco acompanhada pela Orquestra de Câmara Sesiminas, pelo pianista Rafael Martini e por Dudu do Cavaco, nesta quarta-feira (29), no Teatro Sesiminas, ela não vai apresentar nada exatamente novo. Para o público que acompanha sua trajetória, sua bela voz entoando clássicos da MPB em um repertório requintado que favorece sua tessitura vocal, em arranjos bem-pensados, tampouco será algo surpreendente.
Todavia, a programação desta noite ganha um brilho especial, uma vez que é um concerto com caráter beneficente a fim de arrecadar fundos para o Instituto Mano Down, que oferece oportunidades para quem tem síndrome de Down. “É uma alegria a música servir de veículo para mostrar que as coisas podem ser melhores. Especialmente hoje, quando o mundo e o Brasil, infelizmente, estão tão intolerantes, preconceituosos, sem afeto e sem delicadeza. Esse show é um lembrete de que o mundo pode ser mais legal”, destaca Mônica.
Dirigido e criado por Pedrinho Alves Madeira, o show tenta explorar o que cada um dos artistas no palco tem de melhor. “A Mônica está em um grupo seleto de cantoras que têm facilidade e familiaridade com as orquestras”, exalta Madeira. “O Pedrinho é gentil e suspeito para falar, porque somos amigos de longa data, mas acredito que o elogio é porque a maioria dos meus trabalhos foi feita em formações de grupos pequenos, e eu, sendo uma cantora de MPB, tive a sorte e a oportunidade de cantar com várias orquestras. Tenho já um repertório grande orquestrado, e é uma alegria poder compartilhar isso mais uma vez”, ressalta Mônica.
O diretor do show aponta que o recorte principal para elaboração do roteiro foi a “música brasileira de qualidade”. “É o que eu acredito ser música de qualidade”, diverte-se Madeira. “Tinha três questões para chegar ao repertório: canções que a orquestra já tinha afinidade para tocar; canções que têm a ver com o universo da Mônica; e músicas do Dudu do Cavaco”, revela.
O concerto terá momentos de solo da Orquestra de Câmara Sesiminas – regida por Marco Antônio Maia Drumond –, de Mônica e de Dudu do Cavaco. “A orquestra faz um medley das músicas do Chico Buarque que é comovente”, atesta Madeira.
Acompanhada pelo pianista Rafael Martini – “um menino-prodígio”, nas palavras do diretor –, Mônica vai cantar “Ciranda da Bailarina” e “Beatriz”, de Chico Buarque e Edu Lobo; “Olha Maria”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes; “Melodia Sentimental”, de Villa-Lobos e Dora Vasconcelos; “Noite”, de Nelson Ayres; e “Odeon”, de Ernesto Nazareth e Vinicius de Moraes. “Todas orquestradas, para mim, pelo pianista e maestro Nelson Ayres”, pontua Mônica. Junto com Dudu do Cavaco, ela cantará “Feitiço da Vila”, de Noel Rosa, e “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso.
“São todas canções lindas, algumas já se tornaram clássicos da música popular brasileira. E as orquestrações são especiais”, garante Mônica. “De Ary Barroso a Villa-Lobos”, pontua Madeira, resumindo o passeio pela MPB proposto pelo repertório do show. Embora seja composto de momentos solo dos muitos artistas, Madeira atesta que não se trata apenas de “participações especiais” em uma apresentação de Mônica Salmaso. “É um show com dinâmica, feito para todos os artistas participarem intensamente”, garante. O show ainda conta com cenário de Míriam Menezes e desenho de luz de Bruno Cerezoli.
 
Na busca por sociabilidade
Nascido de uma crença na capacidade de pessoas com síndrome de Down, o Instituto Mano Down busca oferecer oportunidades para esse público. Embora o registro seja de 2015, a entidade – idealizada por Leonardo Gontijo – atua desde 2010, e o show que acontece nesta noite busca fundos para ampliar seu trabalho.
No palco, o público poderá ver, talvez, o fruto mais concreto do trabalho e dos ideais do Mano Down, já que Dudu do Cavaco, irmão de Gontijo, tem a síndrome. “Eu nunca tinha visto um músico profissional com síndrome de Down”, destaca Madeira. “É um trabalho de excelência. Ele tem até disco gravado”, completa.
Agenda
O quê. Mônica Salmaso, com Orquestra de Câmara Sesiminas, Rafael Martini e Dudu do Cavaco
Quando. Quarta (29), às 20h
Onde. Teatro Sesiminas (rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia)
Quanto. De R$ 25 a R$ 180
 


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GUSTAVO ROCHA

OTEMPO.com.br

Quando a paulistana Mônica Salmaso subir ao palco acompanhada pela Orquestra de Câmara Sesiminas, pelo pianista Rafael Martini e por Dudu do Cavaco, nesta quarta-feira (29), no Teatro Sesiminas, ela não vai apresentar nada exatamente novo. Para o público que acompanha sua trajetória, sua bela voz entoando clássicos da MPB em um repertório requintado que favorece sua tessitura vocal, em arranjos bem-pensados, tampouco será algo surpreendente.

Todavia, a programação desta noite ganha um brilho especial, uma vez que é um concerto com caráter beneficente a fim de arrecadar fundos para o Instituto Mano Down, que oferece oportunidades para quem tem síndrome de Down. “É uma alegria a música servir de veículo para mostrar que as coisas podem ser melhores. Especialmente hoje, quando o mundo e o Brasil, infelizmente, estão tão intolerantes, preconceituosos, sem afeto e sem delicadeza. Esse show é um lembrete de que o mundo pode ser mais legal”, destaca Mônica.

Dirigido e criado por Pedrinho Alves Madeira, o show tenta explorar o que cada um dos artistas no palco tem de melhor. “A Mônica está em um grupo seleto de cantoras que têm facilidade e familiaridade com as orquestras”, exalta Madeira. “O Pedrinho é gentil e suspeito para falar, porque somos amigos de longa data, mas acredito que o elogio é porque a maioria dos meus trabalhos foi feita em formações de grupos pequenos, e eu, sendo uma cantora de MPB, tive a sorte e a oportunidade de cantar com várias orquestras. Tenho já um repertório grande orquestrado, e é uma alegria poder compartilhar isso mais uma vez”, ressalta Mônica.

O diretor do show aponta que o recorte principal para elaboração do roteiro foi a “música brasileira de qualidade”. “É o que eu acredito ser música de qualidade”, diverte-se Madeira. “Tinha três questões para chegar ao repertório: canções que a orquestra já tinha afinidade para tocar; canções que têm a ver com o universo da Mônica; e músicas do Dudu do Cavaco”, revela.

O concerto terá momentos de solo da Orquestra de Câmara Sesiminas – regida por Marco Antônio Maia Drumond –, de Mônica e de Dudu do Cavaco. “A orquestra faz um medley das músicas do Chico Buarque que é comovente”, atesta Madeira.

Acompanhada pelo pianista Rafael Martini – “um menino-prodígio”, nas palavras do diretor –, Mônica vai cantar “Ciranda da Bailarina” e “Beatriz”, de Chico Buarque e Edu Lobo; “Olha Maria”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes; “Melodia Sentimental”, de Villa-Lobos e Dora Vasconcelos; “Noite”, de Nelson Ayres; e “Odeon”, de Ernesto Nazareth e Vinicius de Moraes. “Todas orquestradas, para mim, pelo pianista e maestro Nelson Ayres”, pontua Mônica. Junto com Dudu do Cavaco, ela cantará “Feitiço da Vila”, de Noel Rosa, e “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso.

“São todas canções lindas, algumas já se tornaram clássicos da música popular brasileira. E as orquestrações são especiais”, garante Mônica. “De Ary Barroso a Villa-Lobos”, pontua Madeira, resumindo o passeio pela MPB proposto pelo repertório do show. Embora seja composto de momentos solo dos muitos artistas, Madeira atesta que não se trata apenas de “participações especiais” em uma apresentação de Mônica Salmaso. “É um show com dinâmica, feito para todos os artistas participarem intensamente”, garante. O show ainda conta com cenário de Míriam Menezes e desenho de luz de Bruno Cerezoli.

Na busca por sociabilidade

Nascido de uma crença na capacidade de pessoas com síndrome de Down, o Instituto Mano Down busca oferecer oportunidades para esse público. Embora o registro seja de 2015, a entidade – idealizada por Leonardo Gontijo – atua desde 2010, e o show que acontece nesta noite busca fundos para ampliar seu trabalho.

No palco, o público poderá ver, talvez, o fruto mais concreto do trabalho e dos ideais do Mano Down, já que Dudu do Cavaco, irmão de Gontijo, tem a síndrome. “Eu nunca tinha visto um músico profissional com síndrome de Down”, destaca Madeira. “É um trabalho de excelência. Ele tem até disco gravado”, completa.

Agenda

O quê. Mônica Salmaso, com Orquestra de Câmara Sesiminas, Rafael Martini e Dudu do Cavaco

Quando. Quarta (29), às 20h

Onde. Teatro Sesiminas (rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia)

Quanto. De R$ 25 a R$ 180