É como uma volta para “casa”. Foi em Belo Horizonte que Milton Nascimento, Lô Borges, Toninho Horta, Fernando Brant, Flávio Venturini, entre outros, criaram, no início da década de 1960, um dos movimentos mais marcantes da música brasileira. Clube da Esquina é também o titulo da turnê promovida por Milton e que chega ao auge neste domingo, justamente na capital mineira.

“Realmente esse show em Belo Horizonte vai ser um dos momentos mais importantes dessa turnê. Sem falar do Mineirão, né, que é um dos lugares mais simbólicos de Minas”, registra Bituca em entrevista ao Hoje em Dia. O show a ser realizado no anfiteatro do estádio, a partir das 17h, marca a homenagem do cantor ao movimento que o lançou, a partir dos álbuns “Clube da Esquina” e “Clube da Esquina 2”.

É a primeira vez que Milton apresentará algumas músicas dos discos “Nascente”, “Mistérios”, “Dos Cruces”, que, como ele faz questão de frisar, “não tinha cantado nem mesmo na época do lançamento dos dois discos. O repertório também terá faixas de “Minas” e “Gerais”, produzidos entre um álbum e outro do Clube da Esquina e que carregam os mesmos genes musicais.

“Acho muito difícil explicar”, comenta Bituca, ao falar do sucesso permanente do movimento. “Talvez seja um lance mais para os pesquisadores, os críticos e também para as pessoas que acompanham nosso trabalho”, assinala, Milton, que desconversa sobre futuro álbum baseado na turnê.