Lady Gaga surpreendeu fãs e consumidores da música pop com um criativo e futurístico ensaio fotográfico para a renomada revista estadunidense Paper. As fotos são de Frederik Heyman, com direção criativa de Nicola Formichetti. Em entrevista para divulgar o álbum Chromatica, que tem lançamento previsto para abril, a intérprete de Stupid love deu detalhes do processo criativo do novo trabalho. Ela descreve o Chromatica como um álbum para "dançar para superar a dor".

Essa "dor" é referente à fibromialgia, doença que acompanha Gaga desde 2017. A sensação de incômodo a acompanhou durante toda a gravação do Chromatica. Gaga afirmou que precisou o incentivo de produtores como BloodPop, a "peça chave" desse disco. Juntos, eles co-escreveram músicas e trouxeram alegria para o projeto. "Eu começava o dia tão pra baixo e acabava dançando, olhando no espelho, praticando meus movimentos, cantando junto", disse.

"Todo dia foi uma experiência esclarecedora, mas tinha que acontecer todos os dias", continuou. "Você tem que aceitar radicalmente que não vai se sentir bem todos os dias, talvez um pouco. Alguns dias são muito piores, outros não. Mas você sabe o que eu posso fazer? Eu posso dizer: 'Bem, minhas mãos, braços e minhas pernas funcionam, mesmo estando doloridas; minhas costas funcionam; meu cérebro funciona; meu coração funciona; Estou respirando, meus pulmões funcionam. Você pode ser grato pelo que pode fazer'."

Gaga também adiantou que, apesar do primeiro single ser alegre, o disco não é "uma terra feliz imaginária de conto de fadas, onde tudo é perfeito". "Para entender o amor, você precisa entender que há ódio. Como posso proteger algo tão bom sem o mal?".

Sobre as colaborações, ela afirmou que uma delas é com uma cantora pop que passou por um trauma bastante similar ao dela (estupro). A música foi descrita como super dançante com uma mensagem de se submeter a devastação, com uma "celebração de todas as lágrimas".