Músicos da Ópera de Cicago protestaram contra decisão de reduzir número de artistas da orquestra e de apresentações anuais. Negociações estão sob impasse e foram suspensas


Uma das mais importantes companhias de ópera dos Estados Unidos cancelou duas apresentações programadas para a semana passada depois que a sua orquestra se declarou em greve, em protesto às propostas apresentadas pela direção da entidade para a redução de seus custos fixos.


Os músicos chegaram a fazer uma manifestação do lado de fora da Ópera Lírica de Chicago na quarta-feira (10) para expressar sua oposição à ideia de reduzir o tamanho da orquestra e o número total de apresentações anuais. A paralisação foi determinada na terça-feira, depois que as negociações chegaram a um ponto de impasse e foram suspensas.


A empresa diz que a venda de ingressos e assinaturas diminuiu como parte de “uma tendência que as companhias de ópera estão experimentando em todo o país”. Contudo, os membros da orquestra afirmam que a companhia está deixando de lado as apresentações de ópera para privilegiar outros tipos de produção de viés mais popular, como os musicais.


“A única coisa que pedimos é manter o que temos”, disse a violinista Kathleen Brauer. “Qualquer coisa menos do que isso não é digna desta instituição de classe mundial.” A Ópera Lírica de Chicago tem 65 anos. As apresentações canceladas nesta semana seriam de La Bohème, de Puccini, e Idomeneo, de Mozart.


Nos últimos 10 anos, a companhia reduziu a sua cifra anual de espetáculos de ópera de 86 para 56, “porque esse é o número máximo respaldado pela demanda da audiência”, disse a direção, em comunicado. A companhia pediu aos músicos para concordar com uma redução no número de semanas que têm pagamento garantido e uma redução de cinco pessoas entre os músicos de dedicação exclusiva.
A direção da Ópera informou que obteve concessões em negociações de novos acordos contratuais com os sindicatos de corais e técnicos. (AFP)

OSESP AINDA SEM NOVO REGENTE

A Osesp espera definir até junho de 2019 o nome do novo regente titular, que substituirá a maestrina Marin Alsop. Alsop vai comandar oito dos 28 programas previstos para o ano que vem. Segundo o diretor artístico Arthur Nestrovski, a escolha do nome tem a ver com uma reflexão a respeito do momento que vive a Osesp. “É a partir de uma reflexão a respeito do protagonismo que queremos ter daqui para a frente que vamos buscar um nome. A Osesp pode ter um protagonismo institucional maior do que tem hoje. Estávamos preocupados, nos últimos anos, em resolver outras questões, mas agora devemos enfrentar essa realidade. E isso passa necessariamente por uma maior aproximação com o público”, diz ele. (Estadão Conteúdo)