Cantor fará três shows na capital mineira, quarta (21) e quinta-feira (22), celebrando seus 50 anos de carreira

Sidney Magal se vale de dois adjetivos para resumir seu atual momento. “Estou realizado. E feliz”, sintetiza o cantor, que se apresenta nesta quarta (21), às 21h, e quinta-feira (22), às 18h e às 21h, no Sesc Palladium, na turnê de comemoração de seus 50 anos de carreira e do lançamento do DVD “Bailamos”.

Motivos para justificar seu ânimo não faltam. No Carnaval, por exemplo, comandou pela primeira vez o próprio bloco, que desfilou na praça da República, na capital paulista. Não bastasse, ainda encontrou fôlego para fazer bonito no camarote da Grande Rio, que, neste ano, foi temático: reproduziu o “Cassino do Chacrinha”, tendo Magal como atração.

Folias momescas concluídas com sucesso, ele volta a se dedicar ao combo que celebra suas cinco décadas de trajetória artística, completadas no ano passado. E é exatamente no bojo dele que Magal volta a BH para três apresentações no palco do Sesc Palladium.

“Bailamos”, o espetáculo, nasceu de uma provocação de um dos filhos de Magal, Rodrigo West: ao contrário das apresentações tradicionais, o pai famoso repassaria sua carreira com o aporte de bailarinos, cenário e ainda mais músicos. Cooptado pelo entusiasmo do rebento, Magal estreou a empreitada no Espaço das Américas, no ano passado.

“Foi um sucesso enorme! Era dia de semana, todos os 7.000 ingressos foram vendidos”, festeja ele, que dividiu o palco com convidados pra lá de especiais: Ney Matogrosso, Rogério Flausino, Alexandre Pires e o rapper Rincón Sapiência – com quem, aliás, acabou de gravar o clipe de “Um Brinde à Vida”, única inédita do show. “Ficou ma-ra-vi-lho-so”, diz Magal sobre a produção, disponível no YouTube.

A citada apresentação de “Bailamos” em São Paulo foi gravada pelo Canal Brasil, que a transmitiu em novembro de 2017. No repertório, que será replicado em BH, estão, claro, as canções que transformaram Magal em mito: “Se Te Agarro com Outro Te Mato”, “Tenho”, “Amante Latino” e “Sandra Rosa Madalena”. “Até hoje ainda fico em dúvida em relação a qual delas faz o público vibrar mais... E ainda tem ‘Me Chama que Eu Vou’, que é muito forte”, afirma o cantor.

E o espetáculo dá direito a leituras. Disposto a prestar reverência à Jovem Guarda, Magal coloca seu vozeirão a serviço de hits como “Vem Quente que Eu Estou Fervendo”, “Minha Fama de Mau”, “O Bom” e “Eu Sou Terrível”, para citar alguns exemplos. O cancioneiro “brega” também ganha um bloco, por meio de músicas como “Escancarando de Vez” e “Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme”. O repertório ainda abriga “Entre Tapas e Beijos” (sucesso da dupla Leandro e Leonardo), “Roupa Prateada” (Zé Rodrix) e “Ciúme” (Ultraje a Rigor).

Balanço. E já que a palavra “combo” foi usada para falar dos projetos alusivos aos 50 anos de carreira de Magal, vale lembrar os dois que completam o pacote. No ano passado, foi lançada a biografia “Muito Mais que um Amante Latino”. “Um livro lindíssimo, escrito pela Bruna Ramos”, diz ele.

E por último, mas não menos importante, tem o documentário sobre sua trajetória, que deve ser lançado após a Copa do Mundo. “A ideia é mostrar tanto a personalidade artística quanto a pessoa. Por isso, a diretora (Joana Mariani) pensou em ‘Sidney & Magal’ como título. Mas confesso que estou em dúvida, falei que ia ficar parecendo dupla sertaneja”, diverte-se.

Sobre a baliza dos 50 anos, Magal discorre: “Na verdade, não tem muita explicação. Não sou da época do marketing. Hoje, é possível transformar em ídolo até mesmo quem não tem tanto talento assim. E sei de muitos colegas da minha época que transitavam na área do popular e estão aí, lutando para sobreviver. Mas poderia arriscar a citar a garra e o respeito pelo público. Subo no palco como se fosse a primeira vez”, comenta.

Agenda

O QUÊ. Sidney Magal: “Bailamos”

ONDE. Sesc Palladium (rua Rio de Janeiro, 1.046, centro).

QUANDO. Quarta (21), às 21h, e quinta (22), às 18h e às 21h.

QUANTO. A partir de R$ 40 (inteira)

x