“Temos uma relação de amor com Belo Horizonte. Nossa história foi escrita em muitos níveis aqui, não só no futebol. É algo que nos prendeu pelo coração. Então, você não faz muitas contas, você segue o seu coração”. A declaração é da atriz e cantora Sol Alac, argentina de nascimento, mas que criou relações arteriais com a capital mineira desde que, acompanhando o marido (o ídolo cruzeirense Juan Pablo Sorín) se estabeleceu na cidade. Tanto que, mesmo após a aposentadoria do jogador dos gramados, fez de Belo Horizonte sua casa.
Portanto, é, finalmente em casa, que ela apresenta dois shows (nesta quarta e quinta-feira) com seu mais novo trabalho, “Sol”, gravado no ano passado, mas que será lançado apenas neste mês. Composto por canções autorais de sonoridade electro pop, a artista assume influências variadas. “Como tudo na minha vida, ele reflete quem eu sou, de onde eu vim, os caminhos que fiz. São 20 anos de estrada e durante esse tempo, fui achando o jeito mais verdadeiro de me expressar e comunicar minha arte, fazendo músicas com pessoas que admiro”, conta.
Entre estas formas de expressão, está uma insuspeita mineiridade. “Tive a sorte de escutar e curtir o melhor, desde Milton (Nascimento), passando pelo Clube da Esquina e todas as bandas que fazem parte desse universo. A produção de Minas Gerais tem uma identificado muito forte, muito única dentro do contexto do Brasil”, pontua ela, que traça também paralelos com seu país. “Acho que a música do Clube da Esquina tem muitas coisas em comum com o rock argentino, que também faz parte da minha caminhada”, acredita.
Sol agora estende sua relação com a cidade para além da música e amplia seu leque de diálogos. Em sua apresentação, a artista convida a grafiteira Mujer, que faz intervenções nas roupas de sol e da banda durante a performance; depois do show, promove um encontro de personalidades da cultura e da arte na cidade, “falando sobre o empoderamento feminino e sobre o que estamos fazendo para fazer com que o mundo fique cada vez melhor, apesar de tudo que está rolando”.
Para o bate-papo, Sol convida Camila Lanhoso, da Comissão da Verdade de Minas Gerais, a médica e homeopata Simonete Torres Aguiar, a relações públicas Ângela Azevedo, a atriz e bailarina Fernanda Vianna, do Grupo Galpão, e jogadoras de futebol.
SERVIÇO: Sol Alac, nesta quarta-feira (02), entrada franca às 20h20 no Mama/Cadela (Rua Pouso Alegre, 2048 – Santa Tereza) e quinta (03), às 21h, no Querida Jacinta (Rua Grão Pará, 185 – Santa Efigênia), por R$20.