array(31) {
["id"]=>
int(115117)
["title"]=>
string(62) "Nada de ração: alimentação natural é tendência para pets"
["content"]=>
string(7600) "No círculo de pessoas que levam seu animais de estimação para passear na praça JK, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, um cão era conhecido como um rei, dono de um pelo e de um porte nada menos que “maravilhosos”. A empreendedora Kátia Lima, 33, duvidava que o cachorro fosse tão incrível, até que, finalmente, o conheceu: “Sabe cena de filme em que chega uma mulher bonita em câmera lenta? Assim era ele chegando”, lembra. O segredo, ela descobriu mais tarde, era a alimentação natural – que, agora, Kátia adota com sua cadela Aurora, de 1 ano.
Em vez de ração, os adeptos da alimentação natural para pets enchem as tigelas de carne, legumes e frutas. O que parece uma salada saborosa é alternativa para cães e gatos terem uma vida mais saudável e ainda solução terapêutica para problemas como diabetes e obesidade.
“Hoje, as pessoas estão se cuidando mais e tendo um olhar mais crítico sobre a saúde dos pets também”, diz a veterinária com experiência em nutrição de cães e gatos Kárita Borges. Ela conta que grande parte dos quadros que atende é de obesidade. Nesse caso, a opção é por um cardápio personalizado com a quantidade precisa de carboidratos, proteínas, gorduras e outros nutrientes.
Patrica Dare com suas cadelas , Kira e Maria Isis /Foto: Flavio Tavares
Tudo isso é encontrado nas rações – mas com o acréscimo de corantes e conservantes. Em alguns casos, o animal passa anos com recorrentes inflamações no ouvido ou na pele até que o tutor e o veterinário percebam que são sintomas de alergia à ração. “A alimentação natural é a comidinha caseira. Mas não restos de comida da casa”, resume Kárita.
Delivery pet. Foi com essa comidinha do dia a dia que a golden retriever Maria Isis, de 5 anos, emagreceu 6 kg em um ano. Antes disso, chegou a mancar pelo excesso de peso. Um prato de comida dela está bem longe do marrom típico das rações: destacam-se o verde do chuchu, o amarelo da abóbora cozida e a suculência de pedaços de carne de boi e de porco.
A tutora de Isis, Patrícia Daré, 38, converte-se de arquiteta a chef de cozinha no preparo do cardápio, sob orientação veterinária. “Compensa o trabalho que dá. Ela está mais bem-disposta, e dá para ver que ficou mais feliz”, conta. A comida é preparada a cada 20 dias e, congelada, dura até 60.
Para quem não tem tempo de pôr a mão na massa, existem empresas em BH que preparam refeições naturais para pets, filão que profissionais da área garantem que não para de crescer. “As pessoas estão quebrando o paradigma de que cachorro tem que comer ração”, avalia Rafael Guedes, diretor da Tigela Natural, uma das várias empresas mineiras que preparam marmitas para pets – inclusive, personalizadas a partir das recomendações veterinárias.
O pulo do gato. Kátia, a empreendedora do começo da história, adotou alimentação natural também para o gato Bill, 19, após a morte do outro felino de quem cuidava – quando Bill, entristecido, não quis mais saber de ração.
A mistura de peixe e legumes fez sucesso, e, em quatro meses, o felino recuperou o peso. Animais de hábito (e com papilas gustativas que se desenvolvem nos primeiros meses de vida), os gatunos têm fama de não aceitar facilmente a mudança na dieta.
Mas mesmo aqueles que não se convertem inteiramente podem aproveitar um gostinho natural: “Em vez de sachês industrializados, indico atum conservado em água, por exemplo”, ilustra Kárita.
Internet informa, mas requer cuidado
Fundado em 2008, o site Cachorro Verde é uma das referências para que deseja “naturalizar” a alimentação dos pets. Hoje, oferece cursos sobre o tema até para veterinários e zootecnistas.
No meio do caminho, a criadora do projeto, a veterinária Sylvia Angélico, conta ter enfrentado dois processos movidos por representantes de marcas de ração. O primeiro, se deve a um conteúdo em que listava as desvantagens de alimentar pets com itens industrializados por toda a vida. Depois, outra ação combatia o conteúdo integral do site.
“Não acredito em censura da informação. Ela está ali, gratuita e completa, mas avisamos que a pessoa tem que procurar um veterinário para validar o que está fazendo”, reforça Sylvia. Por isso, o site é pontilhado por avisos recomendando ajuda médica, por receio de que tutores de pets com problemas de saúde acabem adotando dietas por conta própria.
A veterinária Kárita Borges também teme essa postura: “Se for apenas por recomendação da internet, prefiro que dê ração, porque, pelo menos, ela é balanceada", afirma.
Mitos e verdades sobre alimentação de cães e gatos
Alimentos indicados:
Proteínas: carne de boi, porco, frango para cães e, para gatos, peixe
Carboidratos: arroz, batata, mandioca, abóbora e inhame
Gorduras: óleos de coco e de girassol
Fibras: farelo de aveia e farinha de maracujá
Suplementação também é essencial
Não podem comer:
Cebola
Caroço do abacate
Chocolate
Uva e uva-passa
Cenoura é associada a alergias
Mitos:
"A comida não pode ter sal": cães precisam de sódio (encontrado no sal) para fixar potássio
"A comida tem que ser servida quente": um prato quentinho é só um atrativo
"O cão pode comer osso à vontade": osso, só cru, para prevenir acúmulo de tártaro
"Frutas cítricas são proibidas": apenas para cães com diagnóstico de gastrite
"
["author"]=>
string(25) "Gabriel Rodrigues/ OTEMPO"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(561432)
["filename"]=>
string(15) "naturalpets.jpg"
["size"]=>
string(5) "65155"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(5) "nova/"
}
["image_caption"]=>
string(138) " A personagem cozinha para o gato e para a cadela com o marido. Na foto: Katia Lima seu marido e seus pet Bill e Aurora /Foto: Leo Fontes"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(128) "
Veterinários adotam opção para tratar problemas como obesidade, diabetes e alergias em animais
"
["author_slug"]=>
string(24) "gabriel-rodrigues-otempo"
["views"]=>
int(207)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(55) "nada-de-racao-alimentacao-natural-e-tendencia-para-pets"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(458)
["name"]=>
string(12) "Mundo Animal"
["description"]=>
string(0) ""
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(0) ""
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(12) "mundo-animal"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(458)
["name"]=>
string(12) "Mundo Animal"
["description"]=>
string(0) ""
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(0) ""
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(12) "mundo-animal"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2020-02-02 20:12:51.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2020-02-02 20:12:51.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2020-02-02T20:10:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(20) "nova/naturalpets.jpg"
}
No círculo de pessoas que levam seu animais de estimação para passear na praça JK, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, um cão era conhecido como um rei, dono de um pelo e de um porte nada menos que “maravilhosos”. A empreendedora Kátia Lima, 33, duvidava que o cachorro fosse tão incrível, até que, finalmente, o conheceu: “Sabe cena de filme em que chega uma mulher bonita em câmera lenta? Assim era ele chegando”, lembra. O segredo, ela descobriu mais tarde, era a alimentação natural – que, agora, Kátia adota com sua cadela Aurora, de 1 ano.
Em vez de ração, os adeptos da alimentação natural para pets enchem as tigelas de carne, legumes e frutas. O que parece uma salada saborosa é alternativa para cães e gatos terem uma vida mais saudável e ainda solução terapêutica para problemas como diabetes e obesidade.
“Hoje, as pessoas estão se cuidando mais e tendo um olhar mais crítico sobre a saúde dos pets também”, diz a veterinária com experiência em nutrição de cães e gatos Kárita Borges. Ela conta que grande parte dos quadros que atende é de obesidade. Nesse caso, a opção é por um cardápio personalizado com a quantidade precisa de carboidratos, proteínas, gorduras e outros nutrientes.
Patrica Dare com suas cadelas , Kira e Maria Isis /Foto: Flavio Tavares
Tudo isso é encontrado nas rações – mas com o acréscimo de corantes e conservantes. Em alguns casos, o animal passa anos com recorrentes inflamações no ouvido ou na pele até que o tutor e o veterinário percebam que são sintomas de alergia à ração. “A alimentação natural é a comidinha caseira. Mas não restos de comida da casa”, resume Kárita.
Delivery pet. Foi com essa comidinha do dia a dia que a golden retriever Maria Isis, de 5 anos, emagreceu 6 kg em um ano. Antes disso, chegou a mancar pelo excesso de peso. Um prato de comida dela está bem longe do marrom típico das rações: destacam-se o verde do chuchu, o amarelo da abóbora cozida e a suculência de pedaços de carne de boi e de porco.
A tutora de Isis, Patrícia Daré, 38, converte-se de arquiteta a chef de cozinha no preparo do cardápio, sob orientação veterinária. “Compensa o trabalho que dá. Ela está mais bem-disposta, e dá para ver que ficou mais feliz”, conta. A comida é preparada a cada 20 dias e, congelada, dura até 60.
Para quem não tem tempo de pôr a mão na massa, existem empresas em BH que preparam refeições naturais para pets, filão que profissionais da área garantem que não para de crescer. “As pessoas estão quebrando o paradigma de que cachorro tem que comer ração”, avalia Rafael Guedes, diretor da Tigela Natural, uma das várias empresas mineiras que preparam marmitas para pets – inclusive, personalizadas a partir das recomendações veterinárias.
O pulo do gato. Kátia, a empreendedora do começo da história, adotou alimentação natural também para o gato Bill, 19, após a morte do outro felino de quem cuidava – quando Bill, entristecido, não quis mais saber de ração.
A mistura de peixe e legumes fez sucesso, e, em quatro meses, o felino recuperou o peso. Animais de hábito (e com papilas gustativas que se desenvolvem nos primeiros meses de vida), os gatunos têm fama de não aceitar facilmente a mudança na dieta.
Mas mesmo aqueles que não se convertem inteiramente podem aproveitar um gostinho natural: “Em vez de sachês industrializados, indico atum conservado em água, por exemplo”, ilustra Kárita.
Internet informa, mas requer cuidado
Fundado em 2008, o site Cachorro Verde é uma das referências para que deseja “naturalizar” a alimentação dos pets. Hoje, oferece cursos sobre o tema até para veterinários e zootecnistas.
No meio do caminho, a criadora do projeto, a veterinária Sylvia Angélico, conta ter enfrentado dois processos movidos por representantes de marcas de ração. O primeiro, se deve a um conteúdo em que listava as desvantagens de alimentar pets com itens industrializados por toda a vida. Depois, outra ação combatia o conteúdo integral do site.
“Não acredito em censura da informação. Ela está ali, gratuita e completa, mas avisamos que a pessoa tem que procurar um veterinário para validar o que está fazendo”, reforça Sylvia. Por isso, o site é pontilhado por avisos recomendando ajuda médica, por receio de que tutores de pets com problemas de saúde acabem adotando dietas por conta própria.
A veterinária Kárita Borges também teme essa postura: “Se for apenas por recomendação da internet, prefiro que dê ração, porque, pelo menos, ela é balanceada", afirma.
Mitos e verdades sobre alimentação de cães e gatos
Alimentos indicados:
Proteínas: carne de boi, porco, frango para cães e, para gatos, peixe
Carboidratos: arroz, batata, mandioca, abóbora e inhame
Gorduras: óleos de coco e de girassol
Fibras: farelo de aveia e farinha de maracujá
Suplementação também é essencial
Não podem comer:
Cebola
Caroço do abacate
Chocolate
Uva e uva-passa
Cenoura é associada a alergias
Mitos:
"A comida não pode ter sal": cães precisam de sódio (encontrado no sal) para fixar potássio
"A comida tem que ser servida quente": um prato quentinho é só um atrativo
"O cão pode comer osso à vontade": osso, só cru, para prevenir acúmulo de tártaro
"Frutas cítricas são proibidas": apenas para cães com diagnóstico de gastrite