O governador eleito Romeu Zema listou cortes de secretarias, cargos comissionados e 'mordomias do governador' como fonte de economia para o estado

O governador eleito de Minas Romeu Zema (Novo) disse nesta segunda-feira, em entrevista à TV Globo, que a primeira medida de seu governo, a partir do dia 1º de janeiro, data da posse dos eleitos em todo o país, será "cortar a gordura enorme" da máquina pública. "Estaremos economizando milhões por dia", disse Zema.

Dentro dessa perspectiva, o futuro governador listou o corte de secretarias, das atuais 21 para apenas nove pastas. Segundo Zema, "por falta de transparência" do atual governo não é possível fazer o cálculo exato da economia que essa medida irá gerar.
Além disso, ele disse que vai cortar 80% dos cargos comissionados com indicação política. Segundo ele, o restante serão preenchidos por técnicos.

Zema também anunciou o corte de despesas do que ele classificou de "mordomias para o governador". Ele adiantou que não irá morar no Palácio das Mangabeiras, residência oficial dos governadores de Minas Gerais.

Ele disse que irá morar em um imóvel próximo ao local de trabalho, sem especificar, se perto do Palácio da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte , ou no Palácio Tiradentes, localizado na Cidade Administrativa, no Bairro Serra Verde, em Venda Nova.
Zema também disse que irá vender "a mini frota" aérea que serve ao governador do estado. Zema disse que irá usar carro para se deslocar. De acordo com ele, só com "as mordomias para o governador", o futuro governo deverá economizar R$ 10 milhões por mês.

Salários dos servidores


Zema voltou a reiterar que colocar o pagamento dos salários dos servidores até o 5º dia últil não será feito no curto prazo. "Não milagreiro, nem mágico", destacou, afirmando que a retomada do pagamento sem atraso não levará menos de dois anos.

Até lá, Zema lembrou que nem ele nem os futuros ocupantes dos cargos de primeiro escalão vão receber salários.

Gustavo Franco


O governador eleito também descartou o ex-presidente do Banco Central como futuro secretário da Fazenda. Zema disse que ele será uma espécie de consultor do governo para área econômica. Conforme Zema, Franco virá a Belo Horizonte ao menos uma vez por semana e vai ajudar a compor o plano para recuperar as finanças do Estado.

De acordo com ele, Franco já esteve em Brasília para se inteirar sobre a dívida do estado coma União. Segundo ele, o objetivo é renegociar o pagamento desse débito. para

Franco comandou o programa financeiro da campanha de João Amoêdo (Novo), quinto colocado na corrida presidencial com 2,6 milhões de votos válidos.

Gustavo Franco ganhou reconhecimento ao ser um dos formuladores do Plano Real no governo do presidente Itamar Franco. Ele defende ideias liberais, semelhantes as de Zema, e era ligado ao PSDB até ano passado, quando passou a apoiar o Novo.