O governador eleito de Minas Gerais, em entrevista à rádio Super, disse que parte técnica interessa mais que "religião, cor de pele e partido"
O governador eleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), admitiu manter alguns secretários do governo de Fernando Pimentel (PT) em sua gestão, que começa em janeiro de 2019. A revelação foi feita em entrevista à rádio Super 91,7 FM na tarde desta quarta-feira (31).
O apresentador do Super N, Rodrigo Freitas, trouxe uma informação de bastidor de que Zema poderia manter, ao menos, três secretários do governo Pimentel. O empresário eleito pelo Novo não desmentiu a informação.
"Nós queremos bons nomes no secretariado e pode ser que alguns dos atuais venham a ser mostrar muito adequados e preparados. Por que não? Mas até o momento não temos nenhuma definição", comentou Zema, que reforçou em seguida que irá prestigiar o conhecimento técnico para escolher o seu secretariado.
"Nós vamos olhar a parte técnica da pessoa. Se a pessoa for um bom técnico e tem executado muito bem a sua função como secretário e resolve os problemas que impacta a vida do mineiro. Isso me interessa mais do que a regilião, a cor da pele e o partido também. Isso não quer dizer que a pessoa é um leproso não. Sou favorável ao que dá certo", completou.
Processo seletivo
Na segunda-feira, Zema disse que vai contar com o apoio de uma empresa de recrutamento para escolher bons nomes para assumir as secretarias de Estado. Nesta quarta-feira, à rádio Super 91,7 FM, ele também revelou que seu vice, Paulo Brant, participa de perto desta decisão.
"Tenho conversado muito com o Paulo Brant, o meu vice, que vai trabalhar muito nesta questão. E vamos também estar contratando empresas de recrutamento e queremos que todos passam pelo crivo. Eu passei por este crivo quando me coloquei como pré-candidato pelo Partido Novo", comentou.
Nove secretarias
Durante a campanha, Zema disse que reduziria o número de secretarias de 21 para nove. Ele ainda não revelou qual será o seu secretariado, mas deu dois exemplos. O governador eleito vai fundir a secretaria de Segurança e de Sistema Prisional e, assim como Jair Bolsonaro, no governo federal, vai fundir a Secretaria de Agricultura e a de Meio Ambiente.
"Vamos reduzir e simplificar para que a gestão fique mais ágil", explicou. Sobre o Meio Ambiente, ele fez um adendo. "Vamos manter toda a estrutura do Meio Ambiente a parte para que essa atribuição funcione muito bem. Porque ela é essencial para a preservação e também para agilizar as licenças ambientais, que são grandes gargalos da gestão pública", ponderou.