Convivência teria melhorado após acordo de Zema com AMM

 

O governador do Estado em exercício, Paulo Brant (Novo), e o secretário de Governo, Custódio Mattos (PSDB), amenizaram a crise vivida pelo governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Brant afirmou que a relação com o parlamento “é, no geral, ótima” e melhorou após a conclusão do acordo entre o Executivo e a Associação Mineira de Municípios (AMM). “Isso faz parte do jogo democrático. A política democrática é assim mesmo, idas e vindas. Mas, de uma forma geral, a relação (com a Assembleia) é ótima. Podem vir outras pequenas oscilações, mas o relacionamento é muito harmônico”, declarou.

O secretário de Governo, por sua vez, alega que não há nenhuma relação entre o acordo e o clima na Casa. Para ele, não houve nem há nenhum problema entre o governo e os deputados. “Não há esse vínculo, e não há nenhum atraso e nenhuma dificuldade extraordinária com os projetos do governo na Assembleia. Se considerarmos o prazo de tramitação da reforma administrativa, está absolutamente normal. Ela entrou na pauta no dia 29 de março”, afirmou. Mattos acredita que a pauta será concluída em breve. “Nós temos a expectativa de ter o resultado concreto da votação, em poucas semanas, agora que a reforma administrativa já está no plenário”, disse.

A demora da negociação da dívida entre o governo do Estado e os municípios estava dificultando a vida do governo na Casa. Os deputados chegaram a fazer uma nota oficial em solidariedade aos prefeitos. Nos bastidores, parlamentares reclamavam da falta de interesse do governador em lidar com assuntos políticos. No mês passado, os deputados estaduais derrubaram um veto enviado pelo governador Romeu Zema (Novo), e a reforma administrativa, proposta pelo governo, apesar de estar no plenário para votação, foi alvo de críticas e não tem previsão de apreciação.

Sobre o fato de os deputados da Casa terem apresentado mais de cem emendas ao projeto da reforma administrativa, Custódio Mattos acredita que isso faça parte da democracia. “Se os projetos do Executivo chegarem à ALMG e saírem, todas as vezes, exatamente como entraram, não haveria o conflito, o debate e a crítica que são inerentes e necessários no processo legislativo e no processo democrático em geral. Então, que haja divergências e pontos de vistas diferentes. Melhor ainda que, no final, saia um processo que reflita o que a sociedade quer, porque o parlamento é a voz da sociedade, e nós vamos respeitar o resultado que sair de lá”, declarou.

As declarações foram dadas, nesta sexta-feira (5), na cerimônia de posse do presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Sérgio Gusmão Suchodolski. Também estiveram presentes no evento o ex-governador de Minas Alberto Pinto Coelho (PPS), o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Nelson Missias, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manoel Vitor Mendonça.

Presidente quer gestão moderna

Empossado nesta sexta-feira, o presidente do BDMG, Sérgio Gusmão Suchodolski, afirmou, na cerimônia de posse, que a instituição já estuda maneiras de oferecer financiamentos e créditos para o Estado e para os municípios. No entanto, não adiantou quais serão as medidas. “Nós faremos alguns lançamentos em breve. Vou evitar antecipar agora, mas nós temos programas no forno que serão anunciados muito em breve, inclusive para municípios”, disse.

O presidente do BDMG declarou que pretende implementar uma gestão eficiente e moderna. Ele ainda destacou que sua gestão vai, por meio da tecnologia, diversificar os produtos que o BDMG oferece para a sociedade mineira.

Investimentos

Futuro. Brant contou que a perspectiva de investimentos no Estado é muito boa. “Temos recebidos muitas visitas de empresários, mas é claro que o quadro nacional conta muito”, disse.

Fonte; O TEMPO