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Os estudos sobre a eficácia da vacina contra o coronavírus em teste na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) devem durar um ano. A meta do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG é vacinar 10 voluntários por dia. Em Belo Horizonte, 852 pessoas vão receber as doses experimentais do antídoto desenvolvido pela biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech.


Essa fase de aplicação da vacina nos voluntários começou nesta sexta-feira (31) e deve terminar em até dois meses. O IBC é o único centro de testes fora de São Paulo. 

Segundo o coordenador dos testes em Minas Gerais, Mauro Teixeira Martins, da UFMG, os participantes serão monitorados de perto ao longo de 12 meses. "O voluntário é acompanhado por telefone nas primeiras duas semanas e recebe um diário para anotar o que sente. Após duas semanas, ele retorna para receber uma segunda dose. Depois, ele volta em média a cada dois meses.  O acompanhamento é próximo. Quem quer participar deve concordar com isso. Se a pessoa tiver febre ou algum outro sintoma que indique o coronavírus,  passará por exames", detalha. 

Para participar dos testes como voluntário, a pessoa deve ser profissional da saúde e se inscrever pelo portal disponibilizado pelo Instituto Butantan.

O coordenador do estudo garante que os testes são feitos de forma a reduzir os riscos para a saúde dos voluntários. "Todo ensaio clínico visa segurança. Primeiro, isso é feito por meio de estudos em animais, depois com centenas de indivíduos e, por fim, com milhares de indivíduos. Os efeitos raros e inesperados só são possíveis
quando vacinamos milhões de pessoas. Se estou fazendo isso hoje, é porque se sabe que o benefício é menor que o risco", afirma Mauro.  

A equipe que está desenvolvendo a testagem em Minas gerais é multidisciplinar. Segundo o professor Mauro Teixeira, são cerca de 30 profissionais, sendo seis médicos, seis enfermeiros, além de auxiliares, farmacêuticos e laboratoristas.