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Os números do trabalho infantil, que estavam em queda no Brasil desde 2016, voltaram a crescer entre 2019 e 2022. Esse aumento foi mais significativo em Belo Horizonte, onde o número de crianças e jovens entre 5 e 17 anos que trabalham saltou 35% - percentual cinco vezes maior do que a média nacional (7%).
O levantamento foi apresentado nesta segunda-feira (15/4) pela Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE/MG), a partir do cruzamento de dados do órgão com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo aponta que na capital mineira há 11.947 pessoas de 5 a 17 anos em condição de trabalho infantil. Isso representa cerca de 3,5% dessa faixa etária - uma a cada 27 crianças.
A legislação permite o trabalho de menores de idade a partir dos 14 anos na modalidade de aprendizagem. Já o trabalho infantil é caracterizado pela informalidade e pela exploração, com as crianças trabalhando em condições exaustivas, insalubres e prejudiciais para o seu desenvolvimento.
O superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, Carlos Alberto Calazans, explica que a pobreza e a falta de condições financeiras das famílias acaba levando as crianças para o trabalho infantil.
“Esse aumento no número de crianças trabalhando ocorre, principalmente, devido à desestruturação [das famílias]. Uma boa parte dessas crianças trabalhando mostra uma desestruturação grande das famílias, àsvezes famílias com mães solteiras, sem estrutura. E as crianças vão trabalhar para ajudar a família e fazendo todo tipo de trabalho”, diz.
Em Minas Gerais, os números são mais otimistas, com uma queda de 16% entre 2019 e 2022. Ainda assim, o estado é o segundo no ranking nacional do trabalho infantil em números absolutos, atrás apenas de São Paulo, com 237.222 crianças nesta condição.
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, os números se mantiveram estáveis na série histórica, com uma redução de 1,1%. Ao todo, são 32.621 crianças em situação de trabalho infantil na RMBH.
O que ainda falta ser feito
Uma das medidas apresentadas pela SRTE/MG para combater o trabalho infantil foi a assinatura de um pacto com autoridades de cidades que compõem a Região Metropolitana. O evento foi marcado para a tarde desta segunda-feira na sede da Superintendência, no Centro de BH.
"A gente tem que dar oportunidade para esses adolescentes, para que eles não fiquem vulneráveis e, também, para evitar que eles caiam na marginalidade", defende o superintendente.
em.com.br
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O levantamento foi apresentado nesta segunda-feira (15/4) pela Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE/MG), a partir do cruzamento de dados do órgão com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, Carlos Alberto Calazans, explica que a pobreza e a falta de condições financeiras das famílias acaba levando as crianças para o trabalho infantil.
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Em Minas Gerais, os números são mais otimistas, com uma queda de 16% entre 2019 e 2022. Ainda assim, o estado é o segundo no ranking nacional do trabalho infantil em números absolutos, atrás apenas de São Paulo, com 237.222 crianças nesta condição.
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