NVESTIGAÇÃO EM CURSO


A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou nesta segunda-feira (14/11) que uma investigação está em curso para apurar uma denúncia feita pelo bispo Vicente de Paula Ferreira. O religioso conduzia uma missa na cidade de Moeda, na Grande BH, quando tomou conhecimento de que um homem armado o esperava do lado de fora do templo. O suspeito ainda não foi identificado e é procurado pelas autoridades. 
 

Dom Vicente, que é bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, registrou a ocorrência nesse domingo (13/11) na delegacia da Polícia Civil na capital – um dia depois de um homem ser flagrado por fiéis com uma arma de fogo perto da entrada da igreja. 
 
O suspeito disse, segundo testemunhas, que “estava esperando” por Dom Vicente. Após o término da celebração religiosa no último sábado (12/11), o bispo contou com a ajuda de pessoas da igreja para deixar o local por uma outra porta. 
 
Em nota, a PCMG informou que o bispo registrou ontem a “ocorrência de ameaça” para, deste modo, “solicitar as providências de polícia judiciária”. “A investigação tramita na Delegacia de Polícia Civil em Belo Vale, e mais informações serão repassadas após a conclusão das investigações”, pontuou a instituição policial, em nota. 

“Agradecer por estar vivo”
 
No início da noite desta segunda-feira, Dom Vicente publicou um vídeo em seu perfil oficial no Instagram com palavras de fé e agradeceu as mensagens de apoio. “Quero agradecer, primeiramente, a Deus por eu estar vivo e pela missão que tenho como pastor em nossas comunidades”, inicia o religioso, destacando “as inúmeras manifestações de carinho e solidariedade” recebidas. 
 
Por fim, Dom Vicente reafirmou o compromisso “em continuar defendendo o Evangelho de Jesus” e também “os mais pobres e vulneráveis”. 
 
“Intolerância”
 
Em comunicado emitido pela Arquidiocese de Belo Horizonte, o arcebispo Dom Walmor Oliveira de Azevedo disse que se solidariza e “permanece unido a Dom Vicente de Paula Ferreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte”. 
 
Ainda conforme a comunicação, o religioso foi “vítima da intolerância, da falta de um senso mínimo para a convivialidade, do desrespeito covarde, colocando vidas – dom sagrado – em risco, sintomas graves de uma sociedade adoecida”. 
 
“Providências judiciais já estão sendo adotadas para que as hostilidades destinadas a um servidor do Evangelho, no exercício de sua missão, não permaneçam impunes. Em uma sociedade livre e democrática, a divergência de opiniões não pode justificar atitudes beligerantes, descompromissadas com a fraternidade. O Evangelho ensina que todos, independentemente de suas convicções, somos irmãos uns dos outros, filhos e filhas de Deus”, finalizou a Arquidiocese de Belo Horizonte.