SEM ACORDO

Sindicato que representa os professores de Belo Horizonte, o Sind-Rede/BH informou, nesta sexta-feira (27), que ainda não foi comunicado oficialmente sobre a possível judicialização da greve - anunciada pelo prefeito Álvaro Damião (União Brasil) mais cedo. A associação afirmou que o movimento atende às previsões legais e classificou a medida da PBH  “autoritária”. 

“A greve é um direito legal, tudo que fizemos está dentro das previsões legais, não há motivo para temermos a judicialização. Se for necessário faremos as defesas necessárias junto ao judiciário”, disse o sindicato.

Sobre o corte no ponto dos professores que aderiram à paralisação, o sindicato entende que só poderá ser cortado nos salários que receberão em agosto. Já o fato do prefeito Álvaro Damião (União Brasil) abrir as escolas para servir merendas aos alunos neste sábado (28), seria algo impossível, já que precisaria garantir a estrutura do espaço para que isso aconteça.

No final do dia, a PBH  informou que acionou o Tribunal de Justiça com um pedido de declaração de ilegalidade da greve.  A paralisação chegou ao 22º dia nesta sexta e atinge cerca de 80% das escolas da capital. 

Para tentar chegar a um acordo, a prefeitura ofereceu  um reajuste de 2,49%, índice que representa a inflação medida entre janeiro e abril de 2025; um nível a mais na carreira a partir da escolaridade,aumento no vale-refeição para R$ 60/dia; auxílio alimentação para quem trabalha 6h diárias, e o estabelecimento da data-base, em 1º de maio, uma antiga reivindicação do funcionalismo. 
 


 
 
 
 
 
 
 
 

 
De acordo com a categoria, mesmo com avanços pontuais em outros itens da pauta, a manutenção do reajuste rebaixado é um entrave para o fim da greve. Para eles,o índice não ajuda a cobrir as perdas salariais históricas da categoria, tanto em relação à inflação, quanto em relação aos reajustes do Piso Nacional do Magistério. Uma nova assembleia está marcada para 1º de julho.