array(31) {
["id"]=>
int(170187)
["title"]=>
string(78) "Servidores do João XXIII protestam por reajuste e por condições de trabalho"
["content"]=>
string(7365) "PRESSÃO NA SAÚDE
Diante da sobrecarga do sistema de saúde em Belo Horizonte, funcionários da área realizaram uma manifestação na manhã desta sexta-feira (9/5) em frente ao Hospital João XXIII e seguiram em passeata até a praça Afonso Arinos. As principais reclamações são os baixos salários e as condições de trabalho.
Em 22 de abril os servidores do João XXIII paralisaram parcialmente as atividades em protesto contra o fechamento do bloco cirúrgico do vizinho Hospital Maria Amélia Lins (HMAL). Na ocasião, apenas os atendimentos de urgência e emergência foram mantidos, em cumprimento à legislação que exige uma escala mínima de servidores em serviços essenciais.
Na última quarta-feira (7/5), o Estado de Minas mostrou que a unidade está funcionando à beira do colapso, com relatos de superlotação, falta de materiais básicos e improvisos em série. A situação foi agravada com o atual pico de doenças respiratórias na capital e região metropolitana.
“Essas condições de trabalho não só nos prejudica como prejudica a assistência que prestamos aos pacientes, eles acabam sendo prejudicados. E o governo continua sendo indiferente apesar dos nossos pedidos para que melhorem essas condições de trabalho”, afirma Carlos Augusto dos Passos Martins, líder do movimento e presidente do Sindicato dos Trabalhadores da rede Fhemig (Sindpros).
Em seu discurso, Carlos reivindicou que o governo estadual faça uma reposição salarial das perdas inflacionárias dos últimos anos de 4,6% e reforçou que os trabalhadores sofrem com a sobrecarga de serviço em função do baixo número de funcionários e o aumento do número de serviços ofertados pelo João XXIII. A situação foi agravada pelo fechamento do bloco cirúrgico do HMAL anunciado em janeiro.
A Fhemig alegou que os equipamentos estavam defasados e que a medida era parte do plano de reestruturação da rede, dentro do programa “Opera Mais”, que prevê a terceirização da unidade para concentrar ali os procedimentos eletivos. Desde então, os cerca de 230 procedimentos mensais realizados no HMAL passaram a ser redirecionados para o já sobrecarregado João XXIII.
Segundo Carlos, desde então o número de atendimentos triplicou, em especial no bloco cirúrgico, e o número de funcionários do Amélia Lins que foram transferidos para o João XXIII não foi suficiente para suprir a demanda. Ele espera que uma decisão judicial determine a reabertura permanente do HMAL, que se mantém em funcionamento por determinação de uma liminar.
Neuza Freitas, presidente do Sindicato Único dos Servidores da Saúde de Minas Gerais (SindSaúde-MG), declarou ao Estado de Minas que a categoria está em “pré-aquecimento” para uma greve.
“Ele pode brincar com quem ele quiser, mas não brinque com a saúde de Minas Gerais. A gente pode não ter um número grande de trabalhadores nas ruas porque temos que assegurar uma escala mínima conforme determina a lei. Nós, diferente do governo de Minas, estamos habituados a cumprir a aei”, afirma Neuza Freitas.
Terceirização do Amélia Lins
Uma decisão do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) divulgada nessa quinta feira (8/5) manteve por unanimidade a decisão individual do conselheiro Licurgo Mourão proibindo a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) de firmar contrato com alguma entidade terceirizada para gerir o Hospital Maria Amélia Lins.
A medida liminar do TCEMG continua impedindo que a Fhemig conceda a gestão do hospital para o consórcio público Instituição de Cooperação Intermunicipal do Médio Paraopeba (Icismep), que venceu a concorrência pública. Paralelamente, na última semana, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), determinou que o governo de Minas e a Fhemig retomem o funcionamento do ambulatório, enfermarias e bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins.
“As decisões do Tribunal são liminares com caráter cautelar e se restringem à contratação de qualquer empresa terceirizada para administrar o hospital e não ao seu funcionamento. O TCE-MG fiscaliza e analisa os atos públicos nos aspectos orçamentários, contábeis, financeiros e patrimoniais, considerando a legalidade, a legitimidade, a economicidade e a razoabilidade”, esclareceu o TCE-MG quando questionado se sua decisão estaria entrando em conflito com a determinação do TJMG.
Isso significa que o Tribunal de Contas ainda não tem um entendimento definitivo sobre a questão e que as decisões têm validade para preservar direitos enquanto a questão não é solucionada, uma vez que existem indícios de irregularidades. Da parte do governo de Minas, é a Advocacia-Geral do Estado que está respondendo a questões relacionadas ao Hospital Maria Amélia Lins.
"
["author"]=>
string(27) "Izabella Caixeta /em.com.br"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(626562)
["filename"]=>
string(20) "saudenaruaminas.jpeg"
["size"]=>
string(6) "237874"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(3) "bb/"
}
["image_caption"]=>
string(151) "Trabalhadores da área da saúde protestaram por melhores condições de trabalho em frente ao Hospital João XXIII /crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(130) "Unidade enfrenta crise agravada pela terceirização do Hospital Maria Amélia Lins, anunciada em janeiro
"
["author_slug"]=>
string(26) "izabella-caixeta-em-com-br"
["views"]=>
int(61)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(75) "servidores-do-joao-xxiii-protestam-por-reajuste-e-por-condicoes-de-trabalho"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(435)
["name"]=>
string(5) "Minas"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "minas"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(435)
["name"]=>
string(5) "Minas"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "minas"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2025-05-09 16:14:45.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2025-05-09 16:14:45.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2025-05-09T16:10:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(23) "bb/saudenaruaminas.jpeg"
}
PRESSÃO NA SAÚDE
Diante da sobrecarga do sistema de saúde em Belo Horizonte, funcionários da área realizaram uma manifestação na manhã desta sexta-feira (9/5) em frente ao Hospital João XXIII e seguiram em passeata até a praça Afonso Arinos. As principais reclamações são os baixos salários e as condições de trabalho.
Em 22 de abril os servidores do João XXIII paralisaram parcialmente as atividades em protesto contra o fechamento do bloco cirúrgico do vizinho Hospital Maria Amélia Lins (HMAL). Na ocasião, apenas os atendimentos de urgência e emergência foram mantidos, em cumprimento à legislação que exige uma escala mínima de servidores em serviços essenciais.
Na última quarta-feira (7/5), o Estado de Minas mostrou que a unidade está funcionando à beira do colapso, com relatos de superlotação, falta de materiais básicos e improvisos em série. A situação foi agravada com o atual pico de doenças respiratórias na capital e região metropolitana.
“Essas condições de trabalho não só nos prejudica como prejudica a assistência que prestamos aos pacientes, eles acabam sendo prejudicados. E o governo continua sendo indiferente apesar dos nossos pedidos para que melhorem essas condições de trabalho”, afirma Carlos Augusto dos Passos Martins, líder do movimento e presidente do Sindicato dos Trabalhadores da rede Fhemig (Sindpros).
Em seu discurso, Carlos reivindicou que o governo estadual faça uma reposição salarial das perdas inflacionárias dos últimos anos de 4,6% e reforçou que os trabalhadores sofrem com a sobrecarga de serviço em função do baixo número de funcionários e o aumento do número de serviços ofertados pelo João XXIII. A situação foi agravada pelo fechamento do bloco cirúrgico do HMAL anunciado em janeiro.
A Fhemig alegou que os equipamentos estavam defasados e que a medida era parte do plano de reestruturação da rede, dentro do programa “Opera Mais”, que prevê a terceirização da unidade para concentrar ali os procedimentos eletivos. Desde então, os cerca de 230 procedimentos mensais realizados no HMAL passaram a ser redirecionados para o já sobrecarregado João XXIII.
Segundo Carlos, desde então o número de atendimentos triplicou, em especial no bloco cirúrgico, e o número de funcionários do Amélia Lins que foram transferidos para o João XXIII não foi suficiente para suprir a demanda. Ele espera que uma decisão judicial determine a reabertura permanente do HMAL, que se mantém em funcionamento por determinação de uma liminar.
Neuza Freitas, presidente do Sindicato Único dos Servidores da Saúde de Minas Gerais (SindSaúde-MG), declarou ao Estado de Minas que a categoria está em “pré-aquecimento” para uma greve.
“Ele pode brincar com quem ele quiser, mas não brinque com a saúde de Minas Gerais. A gente pode não ter um número grande de trabalhadores nas ruas porque temos que assegurar uma escala mínima conforme determina a lei. Nós, diferente do governo de Minas, estamos habituados a cumprir a aei”, afirma Neuza Freitas.
Terceirização do Amélia Lins
Uma decisão do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) divulgada nessa quinta feira (8/5) manteve por unanimidade a decisão individual do conselheiro Licurgo Mourão proibindo a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) de firmar contrato com alguma entidade terceirizada para gerir o Hospital Maria Amélia Lins.
A medida liminar do TCEMG continua impedindo que a Fhemig conceda a gestão do hospital para o consórcio público Instituição de Cooperação Intermunicipal do Médio Paraopeba (Icismep), que venceu a concorrência pública. Paralelamente, na última semana, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), determinou que o governo de Minas e a Fhemig retomem o funcionamento do ambulatório, enfermarias e bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins.
“As decisões do Tribunal são liminares com caráter cautelar e se restringem à contratação de qualquer empresa terceirizada para administrar o hospital e não ao seu funcionamento. O TCE-MG fiscaliza e analisa os atos públicos nos aspectos orçamentários, contábeis, financeiros e patrimoniais, considerando a legalidade, a legitimidade, a economicidade e a razoabilidade”, esclareceu o TCE-MG quando questionado se sua decisão estaria entrando em conflito com a determinação do TJMG.
Isso significa que o Tribunal de Contas ainda não tem um entendimento definitivo sobre a questão e que as decisões têm validade para preservar direitos enquanto a questão não é solucionada, uma vez que existem indícios de irregularidades. Da parte do governo de Minas, é a Advocacia-Geral do Estado que está respondendo a questões relacionadas ao Hospital Maria Amélia Lins.