O sequestrador Leandro Mendes Pereira, de 39 anos, usou uma réplica de revólver e uma faca para manter o ex-enteado, de 7 anos, e um jovem, de 23, reféns por cerca de 15h, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte. As vítimas foram resgatadas sem ferimentos após um sniper da Polícia Militar (PMMG) atirar contra o suspeito, na quinta-feira (22).

Conforme o Boletim de Ocorrência (BO), a princípio, acreditava-se que o sequestrador estava sob posse de um revólver calibre .38. No entanto, após os militares invadirem o imóvel foi verificado que se tratava de uma réplica, uma arma de airsoft. Além disso, foram apreendidos seis cartuchos de espoleta airsoft, sendo um deflagrado, e a faca que estava na cintura dele.

Após a liberação das vítimas, a major Layla Brunnela, porta-voz da Polícia Militar, afirmou que a ação do sniper foi necessária pois o sequestrador estava irredutível e ameaçava a vida da criança a todo momento.
"Não era o melhor desfecho, mas foi o melhor diante de um autor irredutível. Nós tentamos o tempo todo trazer ele à realidade, mas ele opta por atentar pela vida do menor e a gente opta pelo uso da força. O menor e jovem estão bem e com a integridade física preservada", disse a policial.

O sequestrador chegou a dizer que só deixaria o local morto e, na sequência, que só negociaria com a presença da ex-companheira. “A exigência dele para negociar era a presença da ex-mulher. Para nós é inegociável, seria colocar mais uma vida em risco”, explicou a major.
Leandro foi socorrido em estado grave e segue internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

Sequestro
Leandro invadiu a casa da ex-companheira, no bairro Parque São Pedro, na tarde de quarta-feira (21). Ele estava armado quando abordou a mulher, que estava acompanhada do filho e de um rapaz de 25 anos.
A mulher conseguiu fugir, mas Leandro manteve o garoto e o rapaz reféns por mais de 15 horas. Militares especialistas em negociação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram chamados para tentar convencer Leandro a se entregar, mas ele estava irredutível, e chegou a dizer que só negociaria se a ex-companheira estivesse presente.

A major Layla Brunella explicou para a imprensa que isso não seria possível, e que seria o mesmo de colocar outra vida em risco e, a partir deste momento, ele começou a ameaçar o garoto, levando a PM a agir com munição letal, por volta das 10h15, quando um atirador de elite da Polícia Militar baleou o homem. Leandro foi socorrido pelo Samu em estado gravíssimo.

Inicialmente, a PM chegou a dizer que o homem havia sido morto, mas às 10h35 a informação foi corrigida.