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Parte da restauração do Palácio da Liberdade, antiga sede oficial do governo estadual, situado na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, já foi entregue. O anúncio foi feito em cerimônia na manhã desta segunda-feira (22/7). A previsão é de que as obras sejam concluídas em outubro deste ano.
A reforma permitiu a recuperação da pintura original, revitalização de telas artísticas e do forro, e ainda eliminou problemas de infiltração no teto, após quase duas décadas sem esse tipo de intervenção no edifício - a última ocorreu entre 2004 e 2006. “Essa é a mais completa obra de restauração que o Palácio já teve em sua história. Ele passou por restaurações antes, porém mais no sentido de manutenção”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.
As obras foram executadas sem necessidade de fechamento e interrupção do fluxo de visitantes, que pode acompanhar de perto o processo de restauração por meio de visitas guiadas. Agora ainda há pela frente mais três meses de obras na parte interna e jardins, cuja ideia é recuperar a composição original do local que possui uma tenda de eventos há mais de 20 anos.
História
No final do século 19, Belo Horizonte foi planejada para ser a nova capital de Minas, sendo a Praça da Liberdade o lugar escolhido para abrigar o centro administrativo e o Palácio da Liberdade - sede e símbolo do governo. Conforme estudos divulgados, a arquitetura eclética da construção projetada pelo arquiteto José de Magalhães reflete a influência do estilo francês, com requintes de acabamento e riqueza de elementos decorativos.
No interior do palácio, há candelabros em bronze dourado, piso em parquet, lustres de cristal, painéis alegóricos, escadaria principal encomendada a uma empresa da Bélgica e rico mobiliário. Na área externa, podem ser vistos os jardins planejados por Paul Villon, seguindo o estilo inglês, mas alvo de reformulações ao longo do tempo, quando foram incluídos elementos decorativos como esculturas e fontes.
O Palácio da Liberdade se tornou testemunha de fatos marcantes da história de Minas e do Brasil. Em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), milhares de mineiros protestaram, na Praça da Liberdade, contra os países do Eixo, formado por Alemanha, Itália e Japão, quando navios brasileiros foram torpedeados no Oceano Atlântico.
Um dos momentos mais marcantes do Palácio da Liberdade foi o velório do ex-presidente Tancredo Neves (1910-1985), morto em 21 de abril de 1985. Houve comoção geral. A grade arrebentou, devido à pressão da multidão reunida na portas da sede do governo, e sete pessoas morreram. Na sacada do palácio, a viúva Risoleta Neves (1917-2003), com a voz embargada, pedia calma aos mineiros, apelo dramático para conter o povo aglomerado que queria se despedir do ex-presidente.
Mas a alegria também dominou a praça, que teve grandes celebrações: a posse do presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976), em 1951; a aclamação de Nossa Senhora da Piedade, em 1969, como padroeira dos mineiros; e, bem antes de todos esses fatos, lá em 1920, a recepção aos reis da Bélgica.
De acordo com o Iepha, a última obra de restauração começou em 2004 e terminou em dezembro de 2006. Conforme registro da instituição, "foi uma intervenção global, que assumiu caráter de restauração abrangente; a restauração da cobertura, estrutura complexa de madeira e metal, com claraboia de vidro, foi de grande importância, por sanar graves problemas de infiltrações que prejudicavam o prédio e seu acervo artístico".
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História
No final do século 19, Belo Horizonte foi planejada para ser a nova capital de Minas, sendo a Praça da Liberdade o lugar escolhido para abrigar o centro administrativo e o Palácio da Liberdade - sede e símbolo do governo. Conforme estudos divulgados, a arquitetura eclética da construção projetada pelo arquiteto José de Magalhães reflete a influência do estilo francês, com requintes de acabamento e riqueza de elementos decorativos.
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Um dos momentos mais marcantes do Palácio da Liberdade foi o velório do ex-presidente Tancredo Neves (1910-1985), morto em 21 de abril de 1985. Houve comoção geral. A grade arrebentou, devido à pressão da multidão reunida na portas da sede do governo, e sete pessoas morreram. Na sacada do palácio, a viúva Risoleta Neves (1917-2003), com a voz embargada, pedia calma aos mineiros, apelo dramático para conter o povo aglomerado que queria se despedir do ex-presidente.
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