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O consumo de diversos conteúdos se tornou prático e benéfico com a inserção dos dispositivos móveis. Em qualquer canto do mundo e com acesso à internet, é possível acessar os serviços de streaming para assistir uma série ou um jogo de futebol, por exemplo. Nessa história, a televisão - eletroeletrônico que, nos anos 70, 80 e 90, era protagonista dentro das residências -, perdeu espaço para o celular. Em Minas Gerais, do total de 7,98 milhões de domicílios particulares permanentes, 4,9% já não possuem televisão.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) feita em 2023, pelo IBGE. Conforme o levantamento, foi observado um aumento do número absoluto de residências com a presença desse eletrodoméstico. Contudo, em termos de proporção de domicílios, foi registrado um decréscimo no percentual. Em 2022, eram 95,4% dos domicílios mineiros com televisores, enquanto em 2023 a proporção caiu para 95,1%. 

No Brasil, em 2023, do total de 78,3 milhões de domicílios particulares permanentes, em 5,3% não havia televisão.

Dentre os modelos, a televisão de tela fina tem ganhado cada vez mais espaço nas residências mineiras: em 2023, os domicílios que contavam somente com a televisão de tela fina (LED, LCD ou plasma) constituíam 86,7% do total de residências. Esse número vem crescendo consideravelmente nos últimos anos, tendo aumentado 6.2 pontos percentuais (p.p.) de 2021 para de 2022 (76,5% para 82,7%) e mais 4 pontos percentuais de 2022 para 2023 (82,7% para 86,7%), englobando a maioria dos domicílios. 

Enquanto as TVs de tela fina ganham popularidade, as televisões de tubo estão cada vez mais raras: em 2023, aqueles domicílios onde havia apenas TVs desta espécie correspondiam a apenas 9,6% do total. Este número já representou 16,8% em 2021, caiu para 12,4% em 2022. O percentual de residências que possuíam ambos os tipos de televisores também diminuiu: era 6,7% em 2021, 4,8% em 2022 e chegou a 3,7% em 2023. 

Serviços de streaming ganham espaço nos lares brasileiros 

A partir de 2022, foi incluído um novo quesito sobre a existência de serviço pago de streaming de vídeo nos domicílios brasileiros. E em 2023, considerando os domicílios com televisão, em 2023, 31,1 milhões possuíam acesso a serviço pago de streaming de vídeo, número semelhante à 2022. Entretanto, o percentual de domicílios caiu de 43,4% para 42,1%. 

Em Minas Gerais, os domicílios com televisão que possuíam acesso a serviço pago de streaming formavam 41,5% do total, número 0.8 (p.p) maior que em 2022, quando essa parcela representava 40,7% dos domicílios. Os que não tinham acesso a esse serviço eram 59,3% em 2022 e 58,5% em 2023. As grandes regiões com maior percentual de acesso a serviço pago de streaming de vídeo foram: Sul (49,0%), Centro-Oeste (48,2%) e Sudeste (47,6%). 

Por outro lado, as Regiões Norte (37,5%) e Nordeste (28,2%) apresentaram os percentuais mais baixos. O rendimento médio mensal real per capita nos domicílios brasileiros que tinham acesso a serviço pago de streaming de vídeo foi de R$ 2.731,00, representando mais que o dobro daqueles que não possuíam acesso a esse serviço, R$ 1.245,00. Para os domicílios com acesso pago a streaming de vídeo, bem como a canais fechados de televisão, o rendimento médio foi de R$ 3.603,00. 

Telefone fixo segue em desuso, enquanto o celular é predominante 

No ano passado, não havia telefone em 2,8% dos domicílios particulares permanentes (2,2 milhões) do país, mesmo percentual de 2022. A ausência de telefone manteve-se mais elevada nos domicílios nas Regiões Nordeste (5,2%) e Norte (3,8%), enquanto nas demais não ultrapassou 2,0%. 

Considerando o tipo de telefone, em 2023, havia telefone fixo convencional em 9,5% dos domicílios do país e esse percentual tem apresentado declínio desde 2016 (32,6%). A parcela dos domicílios que tinham telefone móvel celular, por outro lado, apresentou aumento desde 2016 (93,1%), embora em 2022 (96,6%) e 2023 (96,7%) tenha ficado praticamente estável.

Em Minas, os dados são semelhantes aos nacionais. Houve queda no percentual de domicílios com telefone fixo (de 12,1% em 2022 para 9,9% em 2023) e aumento na proporção de domicílios com telefone celular (de 96,7% em 2022 para 97,0% em 2022).