A uma semana da eleição, os dois concorrentes no segundo turno ao governo de Minas, Antonio Anastasia (PSDB) e Romeu Zema (Novo), têm se preocupado em apresentar propostas para solucionar a crise fiscal do Estado e o pagamento parcelado dos servidores públicos. Ontem, enquanto o senador tucano esteve reunido com servidores fiscais do Estado na capital, tratando do tema, Zema visitou o interior e se encontrou com empresários, também centrado em a fazer estimativas para regularizar a folha de pagamentos.
Antes de participar de um debate com representantes dos servidores, na sede da Associação dos Funcionários Fiscais do Estado de Minas Gerais (Affemg), no bairro Funcionários, Anastasia detalhou como pretende devolver a estabilidade ao setor, caso vença a eleição. O senador traçou um plano para minimizar os efeitos da grave crise econômica que o Estado atravessa.
“Se dará a partir de um processo de ‘consertação’. Ou seja, um acordo amplo com vastas forças sociais, incluindo os sindicatos, como tem aqui dos servidores, com empresários, representantes da sociedade civil para identificar as prioridades. Dentro dessa figura de ‘consertação’, com as prioridades, vamos ver quais parceiras são possíveis de serem implementadas”, disse o tucano.
Antonio Anastasia fala a servidores
Em visita a Varginha, no Sul de Minas, o candidato do Partido Novo se reuniu com empresários, representantes do setor público e eleitores para também tratar da crise e do funcionalismo público. Inicialmente, Zema traçou uma estimativa de um ano para regularizar o salário dos 600 mil funcionários públicos do Estado. Ontem, porém, o empresário aumentou a previsão para dois anos.
“Vamos fechar todas as torneiras possíveis para essa situação começar a ser resolvida. Situação de Minas é igual a da pessoa que ganha R$ 1.000 por mês e está devendo R$ 30 mil. Ela não vai quitar a dívida em seis meses. Estamos esperando um horizonte de dois anos para isso ser solucionado”, disse Zema.
Direito de resposta
O candidato do Novo também comentou sobre a decisão favorável do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), que garantiu direito de resposta a Zema sobre afirmações de Anastasia feitas em programa eleitoral no dia 13 de outubro. “Anastasia deu informações mentirosas, baseadas num suposto plano de governo atribuído ao candidato do Partido Novo, Romeu Zema”, diz nota da campanha de Zema. A campanha de Anastasia informou que, na noite de ontem, conseguiu liminar suspendendo a decisão de direito de resposta.