O conselho do Instituto Estrada Real (IER), formado por entidades da sociedade civil, está dando o pontapé inicial para reativar a entidade, responsável pela promoção de uma das rotas turísticas mais famosas do país. São 1.630 km de percurso que ligam 133 cidades de três Estados - Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Segundo Daniel Magalhães Junqueira, diretor-executivo do conselho da IER e diretor-financeiro da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o instituto está em marcha lenta há três anos por conta da falta de estruturação e recursos. O primeiro passo agora, segundo ele, é reunir todas as entidades que apoiam o projeto.

Além da Fiemg - entidade no qual o instituto está diretamente ligado -, fazem parte do conselho Sebrae, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais (Federaminas), associações comerciais e prefeituras das cidades ao longo dos percurso. 

O projeto Estrada Real surgiu em 2001 com o objetivo de promover os antigos caminhos trilhados pelos colonizadores e pela família real - Caminho Velho (Ouro Preto-Paraty), Caminho Novo (Ouro Preto-Rio), Caminho dos Diamantes (Ouro Preto-Diamantina) e Caminho  de Sabarabuçu (Cocais-Glaura).  A proposta era valorizar o patrimônio histórico-cultural das localidades e estimular o turismo.

"A marca Estrada Real e os caminhos continuam. Nessa segunda etapa, queremos tornar o projeto sustentável, desenvolvendo negócios e capacitação com recursos da própria região, da própria comunidade", afirma Junqueira. O que falta, segundo o gestor, é um maior engajamento das comunidades.

Atualmente, o Instituto Estrada Real administra recursos provenientes do licenciamento da marca, de projetos específicos e de parcerias, sem nenhum apoio do governo do Estado. "Minas sempre foi focada na mineração, precisamos ultrapassar essa barreira para investir em nossa verdadeira vocação, o  turismo", afirma.