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Quase 70% dos profissionais da rede pública de saúde de BH infectados pelo novo coronavírus trabalham em centros de saúde. Até agora, 501 trabalhadores do SUS da capital testaram positivo para Covid-19. Desses, 340 estão lotados nos postos – parte considerável dos doentes (155) são enfermeiros e técnicos de enfermagem.
Para representantes das categorias, esses profissionais são os que hoje mais correm risco de serem infectados. E o temor cresce a cada vez que é anunciada a morte de um colega, como ocorreu nesta sexta-feira.
Shirlene Alves dos Santos, de 53 anos, trabalhava no Centro de Saúde Paraúna, em Venda Nova, e manifestou os primeiros sintomas em 7 de agosto, segundo o Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos (Sindibel). Internada, a mulher morreu sete dias depois.
Presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-MG), Carla Prado diz que os trabalhadores desses locais ficaram mais expostos ao novo coronavírus quando a transmissão da doença passou a ser comunitária. “A atenção primária é a porta de entrada do serviço. O profissional que está ali não sabe se o paciente está infectado”.
A gestora observa que, no início da pandemia, as atenções se voltaram principalmente para quem estava na linha direta em hospitais e unidades de referência.
“Nesses casos, o profissional já está acostumado a lidar com situações assim, já chegam paramentados e têm mais cuidado. O Coren promove treinamento em várias regiões e não vê movimentação do tipo voltada para a atenção primária. A prefeitura precisa ter mais carinho com essa área”, diz Carla.
Contingente
O número alto de profissionais contaminados em postos de saúde se justifica por existirem, na metrópole, 152 unidades onde trabalham cerca de 10 mil pessoas, afirma a prefeitura. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), essa é a área que concentra grande parte dos servidores.
“A categoria da enfermagem tem o maior número de profissionais atuando nas unidades de saúde. Em consequência disso, a exposição ao vírus pode ser mais recorrente. Os profissionais seguem protocolos e trabalham com os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados”, informou a pasta.
Ainda em nota, a SMSA garantiu ter promovido capacitação, por meio de webconferências e reuniões virtuais, para profissionais dos centros de saúde, inclusive orientando sobre o uso correto dos equipamentos de proteção individual.
Editoria de Artes / Nelson Flores
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Shirlene Alves dos Santos, de 53 anos, trabalhava no Centro de Saúde Paraúna, em Venda Nova, e manifestou os primeiros sintomas em 7 de agosto, segundo o Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos (Sindibel). Internada, a mulher morreu sete dias depois.
Presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-MG), Carla Prado diz que os trabalhadores desses locais ficaram mais expostos ao novo coronavírus quando a transmissão da doença passou a ser comunitária. “A atenção primária é a porta de entrada do serviço. O profissional que está ali não sabe se o paciente está infectado”.
A gestora observa que, no início da pandemia, as atenções se voltaram principalmente para quem estava na linha direta em hospitais e unidades de referência.
“Nesses casos, o profissional já está acostumado a lidar com situações assim, já chegam paramentados e têm mais cuidado. O Coren promove treinamento em várias regiões e não vê movimentação do tipo voltada para a atenção primária. A prefeitura precisa ter mais carinho com essa área”, diz Carla.
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O número alto de profissionais contaminados em postos de saúde se justifica por existirem, na metrópole, 152 unidades onde trabalham cerca de 10 mil pessoas, afirma a prefeitura. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), essa é a área que concentra grande parte dos servidores.
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