Em entrevista exclusiva ao EM, o diretor-presidente da BHTrans, Célio Bouzada, diz que novo sistema enviará alerta de tempo ao motorista e que não significará redução de preços

Fonte:em.com.br
Será lançado na semana que vem o novo sistema de estacionamento rotativo de Belo Horizonte por meio de aplicativo para smartphone. A informação é do diretor-presidente da BHTrans, Célio Bouzada, que concedeu entrevista ao EM. De acordo com ele, o novo sistema e entrará em atividade e o antigo desaparecerá na transição. O aplicativo será capaz de alertar ao motorista sobre o fim do tempo de estacionamento, mas não significará uma redução de preços para motoristas.

"O talão terá uma vida cada vez menor, quem o tem, não vai perder", disse Bouzada. "Esperamos, com isso, facilitar a vida do cidadão. Hoje, temos de nos deslocar até um posto de venda antes de estacionar. Com esse aplicativo, as pessoas estacionam e acionam o aplicativo, ganhando mais agilidade", afirma.

O novo sistema terá fiscalização feita por meio de smartphones com os agentes de trânsito, capazes de verificar a validade do estacionamento de cada veículo. A medida possibilitará, também, afetar os negócios paralelos promovidos muitas vezes pelos flanelinhas, como fraudes de colocação do faixa azul. Os clandestinos costumam receber por mês dos clientes e posicionar o rotativo apenas quando a fiscalização se aproxima, gerando perda de receita e o não funcionamento do revezamento de vagas. "Uma das nossas intenções é também acabar com a extorsão feita pelos flanelinhas. Não poderão mais reservar vagas para os clientes nem fazer essa distribuição dos rotativos", disse.

Nas ruas, agentes da prefeitura já adicionam nas placas de estacionamento as instruções para utilização de créditos eletrônicos.

Outra prática a ser combatida é a de renovação dos créditos sem o revezamento, uma vez que o presidente da BHTrans informou que os motoristas receberão mensagens telefônicas alertando para o fim de seus créditos. Mas, apesar de a supressão dos faixas-azuis significar redução de gastos com impressão, logística de distribuição e evasão de divisas devido às fraudes, Bouzada disse que isso não significará diminuição do preço do serviço de revezamento de vagas.

"Na realidade, no aspecto de negócio, vamos trocar de custos. Porque o novo aplicativo usa transações bancárias eletrônicas que têm taxas fixas e outras taxas sobre o valor. Então, não tem uma vantagem do ponto de vista financeiro, mas, sim de serviços ao cidadão", disse. O desenvolvimento do aplicativo não ocorrerá sob sistema de licitação. "Será um chamamento público para o desenvolvimento do aplicativo, não uma licitação. As empresas se qualificam tecnicamente e a proposta mais interessante será escolhida. Nesse início, haverá uma transição entre os talões e o aplicativo, até a substituição integral", disse Bouzada.