Em carta encaminhada à Câmara, Roseli Pimentel afirmou que quer se dedicar a provar a inocência na acusação de ter assassinado jornalista
A prefeita afastada de Santa Luzia, Roseli Ferreira Pimentel (PSB), renunciou ao cargo nesta quinta-feira. Em documento encaminhado à Câmara Municipal ela afirmou que está há mais de 250 dias em cumprimento de prisão preventiva, convertida em prisão domiciliar, e não tem mais condições de “lutar pela preservação do mandato”.
Roseli Pimentel é acusada de envolvimento no assassinato do jornalista Maurício Campos Rosa, do jornal O Grito, e de ter usado recursos públicos para pagar o assassino. Ela ainda responde a um processo de impeachment na Câmara.
A prefeita foi presa em 7 de setembro do ano passado, mas deixou o Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte, no mês seguinte, para cumprir prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
“Reafirmo a minha mais absoluta inocência, pois não pratiquei os crimes que me são atribuídos. Contudo, não tenho mais condições de lutar, ao mesmo tempo, pelo reconhecimento de minha inocência e pela preservação do honroso mandato que me foi dado pelos eleitores luzienses”, diz o texto assinado por Roseli Pimentel.
O assassinato do jornalista Maurício Campos Rosa, de 64 anos, ocorreu em 17 de agosto de 2016. Segundo as investigações, Maurício foi atingido por um tiro no pescoço e quatro tiros nas costas quando deixava a casa de um assessor da prefeita afastada no Bairro Frimisa. Na ocasião, a prefeita foi detida em casa, no Bairro Industrial Americano, em Santa Luzia.