Consumidor reclama que ida às lojas estão muito mais caras

Preparar a tradicional salada com tomate ficou mais caro: o preço do produto subiu 74% neste mês, ante setembro. Frutas como banana prata, laranja pera-rio e limão tahiti também estão pesando mais no orçamento das famílias em outubro, segundo pesquisa realizada pelo o site Mercado Mineiro, em dez supermercados da região metropolitana de Belo Horizonte, entre os dias 9 e 11. Os consumidores reclamam que as visitas aos estabelecimentos estão cada vez mais caras.

Em setembro, o quilo do tomate, por exemplo, custava, em média, R$ 2,86. Neste mês, disparou para R$ 5. A alta tem relação com o período anterior de estiagem. “Eu adoro tomate e é difícil abrir mão. Às vezes levo menos quantidade para não deixar de comprar”, disse a estagiária Danielle Samantha, 22.

A doméstica Marly Andrade, 40, também reclama dos preços. “O limão, nesse calor, está absurdo de caro. Se eu vou com intenção de comprar alguma coisa que está muito cara, eu levo outra”, afirmou.

O feijão carioca também ficou mais caro – a alta de uma das marcas chega a 11,38%. Segundo o coordenador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, isso se deve, sobretudo, à entressafra do produto.

“Se o consumidor achar que o item está muito mais caro, vale a pena substituir por outro. Tem muito produto novo, que o consumidor desconhece entrando no mercado, e pode ser uma saída”, afirma.

Outra dica de Feliciano Abreu é não fazer toda a compra do mês de uma vez só. “É bom comprar picado, ir ao supermercado duas ou três vezes por mês. Assim, o consumidor consegue aproveitar melhor as oportunidades e as ofertas”, orienta.

Valores cobrados apresentam grande diferença entre as lojas

Pesquisar é a melhor solução para pagar menos. O preço do quilo do tomate comum varia 181,8% entre diferentes supermercados: o produto é vendido a R$ 2,48 em um estabelecimento no Belvedere, na região Centro-Sul da capital, e a R$ 6,99 no Sion, na mesma região. O quilo da cenoura vermelha é encontrado por valores de R$ 1,69 a R$ 3,59.

Segundo o coordenador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, é importante correr atrás das ofertas: em alguns casos, vale a pena comparar os preços entre supermercados de uma mesma rede.

“O gerente da loja pode ter autonomia para reduzir o preço de determinado produto, fazer ofertas independentes, às vezes o consumidor acha uma queima de estoque. É preciso ficar sempre atento às oportunidades, porque no final do mês isso pode gerar uma economia grande”.

Sobe e desce

As maiores altas

Tomate comum: 74,83%

Leite condensado Italac: 23,02%

Laranja pera rio: 18,55%

Limão tahiti: 16,35%

Banana prata: 15,97%

Fubá Pink 1 kg: 11,39%

Feijão carioca Tryumpho 1 kg: 11,38%

Creme de leite Itambé 300 g: 9,43%

Farinha de trigo especial Dona Benta 1 kg: 9,41%

Açúcar refinado União 1 kg: 9,35%

As maiores quedas

Amaciante de roupa Mon Bijou Pureza 2 l: -7,46%

Óleo de soja Soya 900ml: -6,25%

Vanish Poder O2 450g: -6,18%

Cenoura vermelha: -5,38%

Café Fino Grão Tradicional 500g: -5,17%

Arroz Prato Fino T1 5kg: -5,13%

Beterraba: -5,02%

Biscoito Cream Cracker Aymoré 200g: -4,35%

Achocolatado Toddy 400g: -4,09%

Pão de forma Seven Boys 500g: -3,73%