Agentes de segurança pública cobram o pagamento dos salários no quinto dia útil do mês e quitação do 13º salário do ano passado. Governo diz que estado enfrenta a pior crise financeira da história



Cerca de 2 mil policiais civis e militares, agentes penitenciários e sócioeducativos fazem um protesto nesta sexta-feira contra o parcelamento dos salários, o pagamento do 13º salário do ano passado em 11 meses, e pela retomada dos repasses ao Instituto de Previdência dos Servidores Militares (IPSM). No meio da tarde os manifestantes foram para a Cidade Administrativa e, por volta das 18h30, os policiais fecharam os dois lados da MG-010.
A polícia liberar pelo menos uma das faixas, mas os manifestantes resistem. "Policia unida jamais será vencida", gritam os manifestantes.

Um grupo de deputados e depresentantes das policias está reunido com integrantes do governo de Minas para discutir as reivindicações da segurança pública. Segundo representantes das entidades envolvidas no ato, dependendo do resultado, eles podem ocupar os prédios da Cidade Admistrativa e outros pontos da cidade.

"Ou ele (Zema) nos dá uma resposta positiva, ou vamos fechar a Praça 7, vamos fechar a Cidade Administrativa, a linha verde, a Praça 7 e vamos acampar na porta da casa do Zema", afirmou um dos sindicalistas de cima do carro de som.

De acordo com o presidente do Sindipol, Marco Antonio de Paulo Assis, a categoria não aceita um parcelamento do 13º maior que duas vezes. "Essa alternativa é possível tendo em vista a arrecadação do Estado no início do ano, principalmente com IPVA", afirmou.

A manifestação desta sexta-feira vinha sendo convocada pela categoria há vários dias. Em postagem em seu site na internet, a Associação dos Oficiais da Polícia Militar e Bombeiros Militar (AOPMBM) declarou apoio à manifestação. “Haja vista, que a categoria já se encontra muito penalizada, magoada e sofrida por desmanados e atrapalhadas da governança. Acarretando um claro sinal de pedido de socorro. Pois, as famílias estão endividadas e comprometidas até o teto com seu orçamento”, diz o texto.

A Associação dos Praças e Soldados divulgou nota em que diz que os servidores da segurança estão “fartos de terem os seus direitos ignorados por sucessivos governos e permanecem mobilizados”.

Em nota, o governador de Minas Gerais afirmou que o estado passa pela pior crise financeira de sua história e que tem trabalhado para reequilibrar suas contas com o objetivo de reduzir despesas para retomar a capacidade de pagamentos dos compromissos.

“Com pouco mais de 50 dias à frente do Estado, o governador Romeu Zema tem buscado todas as alternativas para quitar o quanto antes o décimo-terceiro não pago no ano passado pelo governo anterior. Mas os resultados desse esforço não serão realizados de um dia para o outro”, diz a nota.

O texto afirma ainda que o governador Romeu Zema (Novo) está “aberto ao diálogo para apresentar com transparência a verdadeira situação financeira do Estado”.

“É fato notório que o Estado de Minas Gerais está falido. Mas temos concentrado todos os esforços, eu e minha equipe de governo, para que tão logo haja disponibilidade em caixa, fazer todos os pagamentos devidos, prioritariamente, para todos os servidores estaduais”, disse o governador na nota.