Após esvaziar tanque, peritos devem colocar máquinas para funcionar na tentativa de descobrir a causa da contaminação das cervejas, que pode estar relacionada com seis mortes

Policiais civis voltaram à sede da cervejaria Backer, na Região Oeste de Belo Horizonte, na manhã desta sexta-feira, para dar sequência a uma nova fase de perícia que pretende apurar se há vazamentos nos equipamentos da fábrica. 
Como o Estado de Minas mostrou na edição de hoje, um dos 70 tanques da fábrica foi esvaziado nessa quinta. O teste de estanqueidade dos equipamentos tem objetivo de verificar se há rachadura, furo, trinca ou porosidade na superfície. A suspeita é de que a presença de substâncias tóxicas na bebida esteja relacionada com a intoxicação de 34 pessoas, seis delas mortas.


Por meio de nota, a Polícia Civil informou que hoje será realizada a segunda fase da perícia. “Em um primeiro momento, foi feita a limpeza dos tanques. Hoje, os peritos devem colocar as máquinas para funcionar a fim de detectar a possível causa de contaminação das cervejas”, detalhou a instituição. “Conforme já informado, a partir das análises ocorridas da segunda etapa é que será possível definir sobre a realização ou não da terceira fase”, concluiu. 


Além da Polícia Civil, os testes são feitos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Técnicos da empresa fabricante dos tanques de inox também dão suporte às ações.


O Mapa já constatou a presença das substâncias tóxicas monoetilenoglicol e dietilenoglicol em 53 lotes de cervejas da Backer. A fábrica está interditada desde 10 de janeiro. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de qualquer produto da marca com data de fabricação igual ou posterior a agosto de 2019.