OPERAÇÃO ALHURES
Segundo a Polícia Federal, o esquema causou um prejuízo de cerca de R$ 2,9 milhões aos cofres públicos
Em operação realizada na manhã desta quarta-feira (19), a Polícia Federal prendeu três pessoas de um grupo suspeito de fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os mandados ocorreram em Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte, e em Almenara, no Vale do Jequitinhonha. Segundo a PF, o esquema causou um prejuízo de cerca de R$ 2,9 milhões aos cofres públicos.
Batizada de “Alhures”, a operação envolveu 28 policiais federais, que, além das prisões, cumpriram um mandado de busca e apreensão em Contagem e outros quatro em Almenara. A ação contou com a participação de dois integrantes da Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária (COINP).
Segundo a PF, as investigações revelaram um esquema de fraudes na obtenção de benefícios previdenciários a partir de certidões de nascimento falsas, no qual o grupo teria simulado o nascimento de menores. A quadrilha teria articulado um esquema no qual recrutava pessoas para se passarem pelas representantes legais dessas crianças fictícias.
Além disso, o líder do grupo, que mora em Almenara, utilizava dados de segurados da Previdência Social já falecidos para dar entrada no processo de aposentadoria do INSS. O grupo teria chegado a obter, ainda, benefícios de Salário Maternidade com base em certidões de nascimento e vínculos empregatícios falsos, além de Aposentadoria por Invalidez e Amparo Social à Pessoa Portadora de Deficiência (LOAS).
As fraudes aconteciam, além da Almenara, nas cidades mineiras de Itaobim, Araçuaí, Ibirité, Vespasiano, Sabará, Caeté, Betim e Belo Horizonte. Também nos nos municípios baianos de Itabela e Eunápolis.
Os investigados autuados pela PF responderão pelos crimes de formação de quadrilha e de estelionato qualificado e podem ser condenados a até seis anos e meio de prisão por cada golpe contra o INSS, além de até três anos pelo crime de associação criminosa.