PARA EVITAR TRAGÉDIAS

A fim de evitar catástrofes com o período chuvoso, que começou em outubro e tende a se agravar, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) promoveu, na manhã desse sábado (11/11), um treinamento na região da Avenida Cristiano Machado, para capacitar equipes em ocasiões que possam representar riscos de enchentes com as chuvas e, principalmente, minimizar o número de possíveis vítimas.

 O simulado prevê trechos que serão fechados em caso de inundações iminentes nas áreas de acesso à avenida. Nessa localidade em específico, são sete pontos de interdição, incluindo todos os de acesso à Cristiano Machado. Segundo a Defesa Civil, o simulado é suposição de que a via pode sofrer um alagamento.

Entre os locais que seriam bloqueados para prevenir problemas com temporais, estão Bernardo Vasconcelos, Sebastião de Brito e rotatória do Bairro São Gabriel, por exemplo. O ponto principal de bloqueio e desbloqueio é a alça de acesso do Anel Rodoviário, no sentido Rio de Janeiro, à Cristiano Machado.

Entre as práticas do simulado, além da suposta interdição de ruas com a colocação de barreiras para evitar o tráfego, estão ensaio de ações de emissão de comunicados de alertas, monitoramento visual, ocupação dos pontos de bloqueio, desbloqueio e desmobilização de equipes em ambiente controlado.

Para o prefeito Fuad Noman (PSD), que esteve presente na ocasião, a importância do treinamento é justamente prevenir grandes problemas com as enchentes na cidade. "É importante que a prefeitura e todo o aparato municipal estejam preparados para enfrentar uma adversidade, e nada melhor que simular uma situação como essa. É um processo amplo, com muita gente envolvida. Todos em ações coordenadas, todas as equipes a postos, para mostrar como vamos trabalhar. Na hora de uma situação crítica, todas as áreas serão bloqueadas rapidamente, evitando quec tenhamos vítimas", disse.

"Essas simulações são essenciais para preparar nossa equipe, que já é uma equipe altamente qualificada e preparada. Mapeamos os locais que recebem maior volume de água e, com isso, de maior risco. Mas é preciso ensaiar, e isso é o que foi feito. As chuvas estão chegando, então vamos nos preparar. Estou muito satisfeito com o resultado", completou.

No simulado, também estiveram presentes Defesa Civil de Belo Horizonte, BHtrans, Centro Integrado de Operações (COP - BH), Guarda Civil, Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel) e Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura. Durante o simulado foi utilizado o sistema de radiocomunicação digital adotado pela COP-BH, permitindo que, no decorrer das chuvas, a Defesa Civil e a BHTrans operem na mesma frequência que a Guarda Municipal, a fim de que a comunicação entre os agentes envolvidos na proteção com o período chuvoso seja mais eficaz.

O prefeito pontuou ainda que já foram mapeadas em Belo Horizonte 280 áreas de risco, principalmente em aglomerados, vilas e favelas, que podem ser afetados pelas chuvas com consequências desastrosas. Nessas região, a PBH realiza o mesmo tipo de procedimento, no sentido de preparação para eventualidades - 210 áreas desse total já receberam intervenções na Prefeitura.

"É preciso que estejamos prontos para eventuais remoções, para proteger as pessoas. Já estamos colocando em escolas materiais e equipamentos como colchões, comida, água, para que em uma situação seja possível tirar essas pessoas de casa", declarou o chefe do Executivo municipal, reforçando que o objetivo central é proteger o patrimônio desses moradores e não ter vítimas. "Se acontecer um acidente, precisamos estar prontos para uma resposta imediata", complementou Fuad Noman.

Ele ressaltou o considerável volume de obras que têm sido feitas em BH como prevenção para as chuvas, entre outros objetivos, mas lembrou que muitas delas ainda levam tempo para serem concluídas. Entre obras previstas para conclusão no segundo semestre de 2025, a fim de minimizar transtornos com enchentes, estão intervenções no Ribeirão do Onça, na Praça das Águas e no Ribeirão Pampulha.

No Ribeirão do Onça, é a primeira etapa de uma obra que vai evitar inundações na Cristiano Machado, com a construção de um canal de 286 metros paralelo ao curso d'água. A obra vai do cruzamento entre as avenidas Cristiano Machado e Risoleta Neves até a Estação São Gabriel.

Na Praça das Águas, está prevista a construção de estrutura no encontro do Ribeirão Pampulha com o Córrego Cachoeirinha. É a primeira etapa de uma obra que vai receber e amortecer as águas que vêm dos ribeirões Pampulha e Onça e do Córrego Cachoeirinha. Também foram iniciadas as obras da segunda etapa de um canal paralelo ao canal do Ribeirão Pampulha, na Cristiano Machado, sentido bairro. "Uma obra muito complexa, muito grande. Envolve também a canalização do córrego Pampulha, combinado com o viaduto da Sebastião de Brito. Só a Praça das Águas vai receber 27 milhões de litros de água", explicou o prefeito.

Fonte: em.com.br