Disponibilizar ar-condicionado em todos os ônibus, manter a limpeza no interior dos veículos, aumentar a frota, cumprir os horários e seguir com a tarifa zero para moradores de vilas e favelas. Essas são algumas das condições impostas pela Câmara Municipal para aprovar o novo subsídio às empresas, solicitado pela prefeitura. Um acordo entre o Legislativo e o Executivo pode baixar o preço das passagens na capital, que passou de R$ 4,50 para R$ 6.

A expectativa é a de que a PBH se pronuncie nesta quarta-feira (26) durante novo encontro entre o prefeito Fuad Noman e o presidente da Câmara, Gabriel Azevedo, marcado para às 15h. Ambos se reuniram ontem para debater uma emenda substitutiva ao projeto de lei do subsídio, agora em R$ 476,1 milhões. A ajuda financeira é defendida por Fuad. Porém, mesmo que o acordo seja feito, não há definição sobre o novo valor da passagem.

Acordo prevê a troca de 240 ônibus que já excederam a idade máxima e o aumento gradual de frota com mais 180 veículos, totalizando 420 no sistema ainda em 2023
O prefeito e o vereador estavam em “pé de guerra” nos últimos dias. No encontro dessa terça, disseram que discussão sobre as possíveis melhorias para o transporte público foram positivas. “Foi uma reunião excelente”, destacou Gabriel, que entregou ao prefeito os pontos exigidos.
Dentre eles, o crescimento progressivo de no mínimo 10% das viagens realizadas e exigência junto aos concessionários de um cronograma para troca de veículos, que já excederam a idade máxima. “Não podemos deixar os empresários de ônibus, que há anos estão sendo pagos por um serviço ruim, continuar a apresentar este serviço ruim”, acrescentou Gabriel.

Fuad prometeu avaliar as propostas. Segundo ele, as conversas com a Câmara tem avançado. “Ainda temos que estudar algumas coisas de questão técnica. Como vamos fazer isso tudo? Não podemos simplesmente chegar e dizer ‘acabou o contrato’. O importante é que temos definida uma meta de que, mês a mês, se tenha melhorias. E que os ônibus novos cheguem o mais rápido possível”.