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'Nós vamos ter que tomar atitudes severas', diz Pimentel sobre servidores com acúmulo de cargos

07/05/2018 00h00 - Atualizado em 21/03/2019 12h33 por Admin


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Liziane Lopes
llopes@hojeemdia.com.br

O governador de Minas Gerais Fernando Pimentel esteve com o presidente em exercício do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, conselheiro Mauri Torres, nesta segunda-feira (7), para cobrar o acesso ao relatório elaborado pela corte, que identificou servidores suspeitos de acúmulo de cargos de forma ilícita. "São casos, segundo o tribunal, muito graves, e nós vamos ter que tomar atitudes severas, suspensão de pagamentos, abertura de sindicância individual", afirmou o governador.

Durante o encontro, o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) se comprometeu a entregar até esta terça-feira (8) a lista com os nomes dos servidores.“Esse relatório tem o intuito de apontar acumulações ilícitas irregulares de cargos públicos. O tribunal fez o levantamento de todos os seus jurisdicionados e divulgou as informações que hoje (segunda) estamos chamando de indícios de irregularidades", afirmou a chefe de gabinete da presidência do TCE, Rachel Campos.

A Secretaria de Fazenda, responsável pela folha de pagamento, e a Controladoria-Geral do Estado, serão responsáveis por essa apuração.

São mais de 100 mil servidores com acúmulo de cargos, segundo TCE-MG

Na última sexta (4), o governador chegou a indicar a suspensão do pagamento daqueles casos irregulares. E no último dia 24 de abril, o TCE-MG divulgou o acúmulo possivelmente ilícito de cargos por 102 mil servidores públicos em Minas.

Segundo o levantamento do Cadastro de Agentes do Estado e dos Municípios de Minas Gerais (CAPMG), que analisou 1,17 milhão de funcionários no Estado, esse contingente está sob suspeição de exercer ilegalmente dois ou mais cargos na administração pública.

Há um servidor, cujo nome não foi informado, que acumularia dez cargos; dois teriam oito cargos; um, sete cargos; dez exerceriam seis funções ao mesmo tempo e 40 teriam cinco cargos.

O levantamento também apontou que 184 funcionários públicos já falecidos continuariam recebendo vencimentos. O prejuízo aos cofres públicos, se confirmadas todas as irregularidades, seria de R$ 482,7 milhões por mês.