O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) faça uma audiência pública para discutir condições de segurança do Aeroporto Carlos Prates, no Bairro Padre Eustáquio, Região Noroeste de Belo Horizonte. O MPF questiona a ineficácia das medidas.
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Na segunda-feira, um acidente com uma aeronave que decolou do terminal matou quatro pessoas e deixou dois feridos, ainda internados no Hospital Pronto-Socorro João XXIII, na capital. Em abril, outro acidente matou uma pessoa.
 
O MPF põe em xeque a segurança do terminal, embora os órgãos públicos apontem que o aeroporto funciona conforme as regras.

 

"Os aviões estão caindo e está tudo bem? O aeroporto não está condizente em segurança. A simples afirmativa de que as normas estao sendo cumpridas é insuficiente", afirma o procurador da República Fernando de Almeida Martins.
 
A Anac terá o prazo de 15 dias a partir de hoje para marcar a audiência.A Infraero, Comando da Aeronáutica, população, escolas de aviação e demais envolvidos serão convocados.
 
Entre os questionamentos, está a fiscalização focada em voos comerciais, além da falta de profissionais para desempenhar a tarefa. "O fechamento é uma medida extrema. Existem várias outras possibilidades", diz. 
 
As providências serão discutidas durante a audiência, entre elas o fechamento e eventual transferência de atividades para o Aeroporto da Pampulha, na Pampulha. "Os órgãos terão obrigação de avaliar as sugestões trazidas durante a audiência pública", reforça o procurador.