O número de mortos, vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Grande BH, chegou a 203. Outras 105 pessoas permanecem desaparecidas. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (14) pela Defesa Civil.
As buscas chegam ao 49º dia na região devastada pela lama no dia 25 de janeiro. Com previsão de sol na parte da manhã e pancadas de chuva à tarde e à noite, 127 bombeiros militares e três binômios (dupla formada por cão e bombeiro) realizam os trabalhos de localização dos corpos. São 20 frentes de trabalho demarcadas, nas quais 82 máquinas são operadas.
Nesta quinta, o Corpo de Bombeiros atua nas proximidades da rodovia Alberto Flores, interditada desde o dia da tragédia, "visando drenar as áreas próximas para possibilitar ampliação das buscas".
Auxílio
O presidente Jair Bolsonaro assinou medida provisória que libera pagamentos em parcela única de R$ 600, referentes ao auxílio emergencial para beneficiários do Bolsa Família, do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e da Renda Mensal Vitalícia, a moradores de Brumadinho. Os saques podem ser feitos em até 180 dias após a data da disponibilização do crédito. Podem sacar o auxílio os moradores que tinham os benefícios ativos em janeiro de 2019.
Investigação
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) instaurou, nesta quarta-feira (13), a CPI da Barragem de Brumadinho, que vai apurar as causas e responsabilidades do desabamento da estrutura de Mina Córrego do Feijão. A expectativa é que a primeira reunião aconteça nesta quinta-feira (14). Entre os convocados para prestar esclarecimentos estarão engenheiros da Vale e o secretário de Meio Ambiente do Estado, Germano Vieira.
Ao todo, foram colhidas 74 assinaturas das 26 necessárias para a instauração da comissão. Pelo regimento da Casa, a CPI terá prazo de 120 dias para apurar os fatos, com possibilidade de prorrogação da investigação por mais 120 dias. Ou seja, o relatório final pode ser entregue até novembro.
* Com informações de Lucas Simões