Processo de licenciamento que será apreciado pela Supram pode conceder novas áreas de mineração em Caeté para mineradora em área de nascentes e cavernas pouco estudadas

Fonte:em.com.br

A concessão de licenças de Pesquisa e de Instalação à AVG Mineração numa área de influência da Serra da Piedade mobilizou ambientalistas que querem a suspensão desse processo, marcado para ser apreciado amanhã (25), em reunião da Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram). Ambientalistas preparam um documento e ações judiciais para barrar projeto.

A área onde a mineradora pretende atuar foi adquirida da Brumafer, um espaço degradado no qual um acordo foi feito junto ao estado para que ocorresse uma recuperação. De acordo com esse documento de ajuste para reparação de dano ambiental, a mineradora poderia retirar e beneficiar minério da área degardada para obter recursos para o trabalho de restituição.

"O problema é que, agora, a empresa apresentou um pedido de licenciamento para minerar em áreas ainda não atingidas, ferindo o acordo feito com ós ministérios públicos Federal e Estadual. Fomos pegos de surpresa com a ousadia dessa empresa, já que a serra tem tombamento federal e estadual", disse a ambientalista Maria Teresa Vianna de Freitas Corujo, do Movimento SOS Serra da Piedade.

Segundo o espeleólogo e conselheiro do Monumento Natural da Serra da Piedade, Luciano Faria, há pelo menos 30 cavernas que ou vão ser destruídas ou vão sofrer impactos direto de atividades minerárias. "São formações que precisam ser mais profundamente estudadas e que podem ser afetadas por causa da poeira, da vibração ou de tremores de terra, da retirada de cobertura vegetal, enfim, uma situação muito complicada e que não pode ser resolvida sem um acompanhamento sério", disse.

A empresa ainda não providenciou um porta-voz para falar sobre o assunto e a reportagem ainda aguarda o posicionamento da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).