Os serviços de inteligência das polícias Militar e Civil investigaram durante três meses o paradeiro de cada um dos criminosos
Homicidas, traficantes de drogas, estelionatários e assaltantes de bancos. Ao todo, 170 criminosos ligados a facções foram presos de uma só vez na manhã desta terça-feira (3), em diversas cidades mineiras, durante uma mega operação batizada de "O Regresso". Para capturar esses bandidos, os serviços de inteligência das polícias Militar e Civil investigaram durante três meses o paradeiro de cada um deles. O balanço da operação foi apresentado em coletiva de imprensa, em Belo Horizonte.
Segundo o promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais e de Execução Penal do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Henrique Macedo, as 170 pessoas que foram presas na operação representavam "grande impacto para a segurança pública do Estado" porque cometeram crimes violentos, continuaram soltas ou fugiram de presídios e voltaram a praticar novos delitos.
"Selecionados os alvos, localizamos os criminosos foragidos que estavam espalhados por todas as regiões de Minas Gerais. Distribuímos então centenas de policiais pelos municípios, que tiveram o apoio de viaturas e aeronaves, para cumprirmos os mandados de prisão num mesmo dia. A operação se chama 'O Regresso' porque a maioria deles já frequentou o sistema prisional. Vários estavam foragidos há muito tempo e ainda prosseguiram em atividades criminosas", explica Macedo.
Apesar das 170 prisões, outros 119 criminosos que também tiveram o mandado de prisão expedido pela Justiça no âmbito da operação “O Regresso” não foram encontrados nesta terça pelos policiais. “A operação continua. O próximo passo é capturar os alvos que ainda não foram localizados”, disse o promotor, que destacou ainda as atividades policiais e do MPMG que darão sequência à operação, com base nos depoimentos dos presos.
“Em seguida, vamos reunir os processos desses foragidos que estavam suspensos e dar celeridade para finalizar os inquéritos. O objetivo é dar ao juiz da execução penal os instrumentos necessários para que ele possa de fato fazer o cumprimento da pena e afastar esse indivíduo da sociedade”, complementa.
Além do promotor, o superintendente de investigação de Polícia Judiciária da Polícia Civil, o delegado Carlos Capistrano, e o chefe da sala de imprensa da Polícia Militar, o major Flávio Santiago, também participaram da coletiva. Nenhum deles divulgou as cidades em que ocorreram as 170 prisões, nem os nomes dos criminosos e seus respectivos crimes.