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A Vale concluiu as obras de descaracterização da 17ª barragem a montante da mineradora. Localizada na Mina Fábrica, em Ouro Preto, Região Central de Minas Gerais, a barragem Área IX teve sua estrutura eliminada, representando a conclusão de 57% do Programa de Descaracterização de Estruturas a Montante. A meta é descaracterizar 30 barragens construídas nesse método mais comum e mais barato.
Para a descaracterização da barragem Área IX, foi retirado o alteamento a montante, eliminando os riscos de colapso da estrutura. Agora, a área passará por obras para reconformação do terreno, implantação de um sistema de drenagem e revegetaçãoTodas as etapas da descaracterização são acompanhadas por auditoria independente, pelos órgãos reguladores competentes, além do projetista, Engenheiro de Registro (EdR) e do Acompanhamento Técnico de Obra (ATO). Com a finalização das etapas de reconformação, implantação do sistema de drenagem e revegetação, a estrutura passará pelo processo de avaliação e validação final pelos órgãos competentes, conforme determina a legislação.
“É um importante marco, pois é a segunda barragem alteada a montante descaracterizada na Mina Fábrica em 2 anos. Além disso, nessa mesma mina retiramos a barragem Dique de Pedra de nível de emergência e reduzimos o nível de emergência da barragem de Grupo em 2024. Isso mostra que estamos empenhados em aumentar a segurança das nossas barragens”, afirma o Gerente-Geral de Geotecnia e Hidrogeologia da Vale, Daniel Raposo.
Segundo a mineradora, quatro estruturas seguem em processo de descaracterização no local: a barragem Grupo, com as obras em andamento, e Forquilha I, Forquilha II e Forquilha III, em fase de projetos.
Segurança
A eliminação de estruturas a montante, além de atender à legislação, faz parte de um compromisso assumido pela Vale após o rompimento da barragem B1, em Brumadinho. Desde 2019, a empresa já investiu mais de R$ 10 bilhões no Programa de Descaracterização de Barragens a Montante.
De acordo com a Vale, as soluções de eliminação são customizadas para cada estrutura e estão sendo realizadas de forma cautelosa, tendo como prioridade, sempre, a segurança das pessoas, a redução dos riscos e os cuidados com o meio ambiente. Todas as estruturas a montante da Vale no Brasil estão inativas e são monitoradas 24 horas por dia pelos Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs) da empresa.?
Segundo informado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) em junho deste ano, a área de Mineração, no Brasil, vai investir R$ 30 bilhões na descaracterização de barragens de mineração, a fim de aumentar a segurança das comunidades, do meio ambiente e dos empregados das empresas responsáveis. A previsão é de que aproximadamente 90% das barragens sejam descaracterizadas até 2027. Do montante, já foram gastos mais de R$ 10 bilhões.
Conforme o Ibram, de fevereiro de 2019 a fevereiro de 2024, o número de barragens a montante diminuiu no país, passando de 76 para 52 (29,7%). A descaracterização delas é importante para evitar desastres, como os ocorridos em Mariana, em 2015, e em Brumadinho, em 2019, ambas em Minas Gerais.
Barragens a montante e a jusante
Montante
É o método mais comum e mais barato. Esse tipo de barragem tem os seus rejeitos depositados nela mesmo, formando uma “praia” de resíduos da mineração. Com o passar do tempo, esses resíduos são adensados, para fazer novos alteamentos na barragem. Nesse caso, os degraus vão sendo elevados exatamente acima do anterior, o que a torna menos segura. Esse tipo de estrutura é considerada mais barata porque usa menos material e ocupa uma área menor, consequentemente desmata menos. Entretanto, esse tipo de barragem é muito sensível a qualquer vibração.
A barragem a montante é um método mais barato e menos seguro de instalação. Ela tem seus rejeitos depositados nelas mesmas e formam uma “praia” de resíduos da mineração. Ela é construída em forma de degraus, chamados de alteamentos. A Lei Estadual "Mar de Lama Nunca Mais", 23.291/2019, exigia que todas as estruturas a montante fossem descaracterizadas até fevereiro de 2022, mas apenas 16 foram desmontadas no prazo ou depois da data prevista. Por isso, a indústria de mineração no Brasil tem tomado medidas para visar a segurança com as pessoas e o meio ambiente.
Jusante
Esse tipo de barragem é considerado o mais caro, no entanto, o mais seguro. É um tipo de barragem que ocupa muito espaço, já na sua construção. Usa rejeitos consolidados para os alteamentos. Para aqueles que utilizam esse tipo, deve ser considerada a possibilidade de aumentar a capacidade da barragem com o mesmo material do dique inicial ou com outros materiais como pedras e argila. Esses materiais normalmente são recolhidos na própria mineração. Na prática, esse tipo de barragem ‘a jusante’ possui os alteamentos subsequentes ao dique de partida feitos para a direção da corrente de água, até atingir a cota de projeto.
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A Vale concluiu as obras de descaracterização da 17ª barragem a montante da mineradora. Localizada na Mina Fábrica, em Ouro Preto, Região Central de Minas Gerais, a barragem Área IX teve sua estrutura eliminada, representando a conclusão de 57% do Programa de Descaracterização de Estruturas a Montante. A meta é descaracterizar 30 barragens construídas nesse método mais comum e mais barato.
Para a descaracterização da barragem Área IX, foi retirado o alteamento a montante, eliminando os riscos de colapso da estrutura. Agora, a área passará por obras para reconformação do terreno, implantação de um sistema de drenagem e revegetaçãoTodas as etapas da descaracterização são acompanhadas por auditoria independente, pelos órgãos reguladores competentes, além do projetista, Engenheiro de Registro (EdR) e do Acompanhamento Técnico de Obra (ATO). Com a finalização das etapas de reconformação, implantação do sistema de drenagem e revegetação, a estrutura passará pelo processo de avaliação e validação final pelos órgãos competentes, conforme determina a legislação.
“É um importante marco, pois é a segunda barragem alteada a montante descaracterizada na Mina Fábrica em 2 anos. Além disso, nessa mesma mina retiramos a barragem Dique de Pedra de nível de emergência e reduzimos o nível de emergência da barragem de Grupo em 2024. Isso mostra que estamos empenhados em aumentar a segurança das nossas barragens”, afirma o Gerente-Geral de Geotecnia e Hidrogeologia da Vale, Daniel Raposo.
Segundo a mineradora, quatro estruturas seguem em processo de descaracterização no local: a barragem Grupo, com as obras em andamento, e Forquilha I, Forquilha II e Forquilha III, em fase de projetos.
Segurança
A eliminação de estruturas a montante, além de atender à legislação, faz parte de um compromisso assumido pela Vale após o rompimento da barragem B1, em Brumadinho. Desde 2019, a empresa já investiu mais de R$ 10 bilhões no Programa de Descaracterização de Barragens a Montante.
De acordo com a Vale, as soluções de eliminação são customizadas para cada estrutura e estão sendo realizadas de forma cautelosa, tendo como prioridade, sempre, a segurança das pessoas, a redução dos riscos e os cuidados com o meio ambiente. Todas as estruturas a montante da Vale no Brasil estão inativas e são monitoradas 24 horas por dia pelos Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs) da empresa.?
Segundo informado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) em junho deste ano, a área de Mineração, no Brasil, vai investir R$ 30 bilhões na descaracterização de barragens de mineração, a fim de aumentar a segurança das comunidades, do meio ambiente e dos empregados das empresas responsáveis. A previsão é de que aproximadamente 90% das barragens sejam descaracterizadas até 2027. Do montante, já foram gastos mais de R$ 10 bilhões.
Conforme o Ibram, de fevereiro de 2019 a fevereiro de 2024, o número de barragens a montante diminuiu no país, passando de 76 para 52 (29,7%). A descaracterização delas é importante para evitar desastres, como os ocorridos em Mariana, em 2015, e em Brumadinho, em 2019, ambas em Minas Gerais.
Barragens a montante e a jusante
Montante
É o método mais comum e mais barato. Esse tipo de barragem tem os seus rejeitos depositados nela mesmo, formando uma “praia” de resíduos da mineração. Com o passar do tempo, esses resíduos são adensados, para fazer novos alteamentos na barragem. Nesse caso, os degraus vão sendo elevados exatamente acima do anterior, o que a torna menos segura. Esse tipo de estrutura é considerada mais barata porque usa menos material e ocupa uma área menor, consequentemente desmata menos. Entretanto, esse tipo de barragem é muito sensível a qualquer vibração.
A barragem a montante é um método mais barato e menos seguro de instalação. Ela tem seus rejeitos depositados nelas mesmas e formam uma “praia” de resíduos da mineração. Ela é construída em forma de degraus, chamados de alteamentos. A Lei Estadual "Mar de Lama Nunca Mais", 23.291/2019, exigia que todas as estruturas a montante fossem descaracterizadas até fevereiro de 2022, mas apenas 16 foram desmontadas no prazo ou depois da data prevista. Por isso, a indústria de mineração no Brasil tem tomado medidas para visar a segurança com as pessoas e o meio ambiente.
Jusante
Esse tipo de barragem é considerado o mais caro, no entanto, o mais seguro. É um tipo de barragem que ocupa muito espaço, já na sua construção. Usa rejeitos consolidados para os alteamentos. Para aqueles que utilizam esse tipo, deve ser considerada a possibilidade de aumentar a capacidade da barragem com o mesmo material do dique inicial ou com outros materiais como pedras e argila. Esses materiais normalmente são recolhidos na própria mineração. Na prática, esse tipo de barragem ‘a jusante’ possui os alteamentos subsequentes ao dique de partida feitos para a direção da corrente de água, até atingir a cota de projeto.