Incidente ocorreu na última sexta-feira, enquanto peça danificada não é substituída, aeronave ficará parada

Fonte:em.com.br



O uso de cerol em linhas de pipas e papagaios além de oferecer risco de acidente e ser crime previsto no Código Penal também provoca prejuízos. Um dos helicópteros do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, foi atingido quando pousava no Aeroporto da Pampulha. Mesmo com a manobra, o piloto não conseguiu desviar e a linha se enroscou no rotor. Ninguém ficou ferido no incidente.

Além de colocar a vida da tripulação em risco, o conserto do Arcanjo 4 – que está parado para a manutenção desde a última sexta-feira -, deve custar cerca de U$ 40 mil, algo em torno de R$ 140 mil.

“A aeronave não poderá realizar os atendimentos à população e ainda não há previsão de retorno da manutenção. Nesse episódio, a linha danificou duas hastes de comando de passo, equipamento responsável pela inclinação das pás da aeronave e que permite que ela voe”, informa o Batalhão de Operações Aéreas dos Bombeiros em postagem na página do Facebook. O episódio foi confirmado pela assessoria de imprensa da corporação.

Ainda de acordo com a postagem, o equipamento danificado tem proteção, mas como a linha é muito fina, acabou passando e comprometendo a peça. “Cada peça custa cerca de 20 mil dólares e terão que ser trocadas. Não há previsão de retorno da aeronave, já que os serviços de reparo são realizados por empresas terceirizadas e não há peças disponíveis para pronta entrega”.

Em relato na postagem, o capitão Penido, piloto do Corpo de Bombeiros, afirmou que essa pratica é perigosa. “Uma linha de pipa, ao se enroscar no rotor do helicóptero, prejudica a segurança do voo, colocando a tripulação em risco. Tripulação essa que realiza resgates e salvamentos diários em todo Estado, além do prejuízo nos atendimentos”, afirma.

De acordo com a corporação, há relatos de outras ocorrências envolvendo linhas de pipa. Uma das ocorrências foi com o Arcanjo de Varginha. No episódio uma linha ficou presa a uma das pás da hélice. No ano passado, uma grande extensão do material caiu no hangar da Pampulha e precisou que as atividades fossem paralisadas por cerca de 20 minutos para a retirada da linha.