Lideranças mineiras e apoiadores do ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB) lançaram, neste sábado (11), um abaixo-assinado on-line em prol da candidatura do pessebista ao governo de Minas. No documento, eles afirmam que são contrários à atitude do PSB nacional de destituir a direção do partido em Minas e solicitam a revogação desta medida. "A ideia é entregar o documento com todas as assinaturas na segunda-feira (13) para presidente do PSB Nacional (Carlos Siqueira)", informou o presidente do PSB de Belo Horizonte, Gelson Leite, que, junto com outros políticos, está à frente da elaboração do documento.
Os defensores de Lacerda justificam que o ex-prefeito de BH já estava em campanha há mais de um ano e chegou a visitar cerca de 200 municípios. "Estamos enviando o documento para vários apoiadores e a meta é atingir o maior número possível de assinaturas", afirmou Leite. Por volta das 17h deste sábado, mais de 80 pessoas já haviam assinado a petição.
Nesta segunda (13), o Superior Tribunal Eleitoral decide sobre a candidatura de Lacerda. A ação ajuizada pelo pessebista e pelo então presidente da comissão provisória do partido, João Marcos Lobo, contesta a decisão presidente nacional do PSB de dissolver o partido em Minas.
Entenda
A direção nacional do partido exige que o empresário abra mão da candidatura em prol da reeleição de Fernando Pimentel (PT), em um acordo selado por lideranças nacionais das legendas.
Mesmo após a decisão do diretório nacional, o grupo ligado a Lacerda aprovou a indicação dele ao governo, em convenção estadual, no sábado, 4 de agosto. Um dia depois, porém, a direção nacional anulou a deliberação do partido em Minas. Mas uma liminar mantém o político na disputa.
Apesar da insegurança jurídica em torno da candidatura, o ex-prefeito de Belo Horizonte conseguiu o apoio do MDB, PDT, PV, PRB, PROS e Podemos para o pleito de outubro.
No início da semana, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, emitiu uma nota de esclarecimento em que reafirma o nome de René Vilela como líder da legenda em Minas e descartou, novamente, a candidatura de Lacerda ao Palácio da Liberdade.