Repetindo o exemplo de Nova Lima e Santa Luzia, moradores de Belo Horizonte terão que usar máscaras para sair às ruas durante o período de distanciamento social para combate ao coronavírus. A medida foi anunciada pelo prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil, que elogiou a medida adotada pelas cidades vizinhas e disse que ações mais duras devem ser anunciadas na sexta-feira. 

Inicialmente, segundo o prefeito de BH, quem não usar máscaras será impedido de entrar em prédios públicos. Mas ressaltou se tratar de uma medida que conta com a colaboração da população para evitar a propagação do coronavírus.

“Nós precisamos da população, não estamos enfrentando. Eu não estou pedindo para usar máscara por minha causa. Eu estou preso em casa. Estou pedindo para vir junto com a gente para usar máscara. É todo mundo junto. Tirei agora porque vim dar uma entrevista com todo mundo longe de mim. Temos um inimigo”, afirmou.  

Kalil disse que máscaras serão distribuídas para populações mais pobres, ficando disponíveis em centros de saúde. “Vamos fazer para miseráveis, invisíveis”, disse o prefeito de BH. E acrescentou: “Faz com meia, com camisa, faz com fralda”.

Porém, segundo o secretário de Saúde de BH, Jackson Machado Pinto, as máscaras encomendadas devem chegar em duas semanas. 

O prefeito de BH também disse que a cidade “está em guerra”.

“Há ônibus lotados? Sim! Estamos numa guerra. Ainda há problemas de venda de coxinha, venda em bares? Sim! Vamos combater. Mas, é guerra, gente. Ninguém consegue 100% de excelência em nada. Estamos colocando em alguns locais pias, sabonetes e estamos encomendando máscaras para as populações carentes. No Brasil, durante décadas, não souberam diferenciar pobres de miseráveis. Agora, descobriram que precisamos de faculdade, médico, SUS, ciência e tecnologia. Depois de tudo, descobriram que precisamos de ciência”, frisou.