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Ao defender o isolamento social como melhor forma de controlar o avanço do novo coronavírus em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) citou uma frase do ex-presidente Juscelino Kubitschek e ironizou o negacionismo científico.
"A única coisa que tenho a dizer a todos vocês é que nós tomamos um rumo. Nós acreditamos que a Terra é redonda. Então, o nosso rumo é o rumo da ciência, é o rumo que estes homens (especialistas do Comitê de Enfrentamento à Epidemia de COVID-19 em BH) nos orientaram", disse o prefeito, em referência ao terraplanismo, teoria conspiratória e sem sustento científico de que a Terra é plana.
Em seguida, Kalil fez menção a uma frase dita em 1954 pelo então governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek. Na ocasião, JK afirmou: "Deus poupou-me do sentimento do medo". Ele fazia referência às pressões que vinha sofrendo para que não se candidatasse à presidência da República, cargo para o qual seria eleito no ano seguinte.
"A única contribuição do prefeito é a coragem. Um político uma vez disse: ‘Deus me poupou do sentimento do medo’. Eu recebo duas, três vezes por dia os números das ocupações (de leitos de UTI e de enfermarias), as transmissões (número médio de transmissão do vírus por infectado, chamado de Rt). Então, garanto a vocês que (não abriremos o comércio) enquanto esses números não nos derem a segurança da abertura, da flexibilização dessa cidade", disse Kalil.
Nos últimos meses, o prefeito de BH, a exemplo de JK na década de 1950, também tem sido pressionado. No caso de Kalil, as cobranças partem dos empresários, que pedem a abertura do comércio em meio à pandemia do novo coronavírus. Atualmente, apenas serviços considerados essenciais podem abrir as portas.
Nesta terça-feira (7), porém, o clima de pressão cessou e deu lugar a apoio. O prefeito recebeu documento assinado por 70 entidades pró-isolamento social. Foi durante a reunião com representantes do grupo que Kalil fez as críticas ao negacionismo e citou JK.
No encontro, o prefeito também agradeceu o apoio e desabafou sobre a pressão que vem sofrendo. Aos domingos, grupos pró-flexibilização do isolamento social têm feito protestos nas ruas de BH.
"Se isso (reunião com grupo pró-isolamento) é uma menção de apoio, saibam que é muito bem-vinda. Eu sou um ser humano comum. Eu preciso disso. Eu tenho sofrido muito de um lado só. Mas eu quero dizer a todos vocês que nós, que estamos aqui hoje todos presentes, somos uma maioria silenciosa e vamos ignorar a toda minoria barulhenta, porque barulho levou este país ao patamar em que estamos hoje", finalizou o prefeito.
Segundo boletim epidemiológico publicado nesta terça-feira pela PBH, a capital mineira tem 8.744 casos confirmados do novo coronavírus, dos quais 190 resultaram em mortes. São 6.290 recuperados e outros 2.294 em acompanhamento.Continua depois da publicidade
Além da crescente no número de contágios, preocupa a alta demanda por internações no sistema público de saúde. Nessa segunda-feira (6), 91% das UTIs e 70% dos leitos de enfermaria específicos para pacientes com COVID-19 estavam ocupados.
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Ao defender o isolamento social como melhor forma de controlar o avanço do novo coronavírus em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) citou uma frase do ex-presidente Juscelino Kubitschek e ironizou o negacionismo científico.
"A única coisa que tenho a dizer a todos vocês é que nós tomamos um rumo. Nós acreditamos que a Terra é redonda. Então, o nosso rumo é o rumo da ciência, é o rumo que estes homens (especialistas do Comitê de Enfrentamento à Epidemia de COVID-19 em BH) nos orientaram", disse o prefeito, em referência ao terraplanismo, teoria conspiratória e sem sustento científico de que a Terra é plana.
Em seguida, Kalil fez menção a uma frase dita em 1954 pelo então governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek. Na ocasião, JK afirmou: "Deus poupou-me do sentimento do medo". Ele fazia referência às pressões que vinha sofrendo para que não se candidatasse à presidência da República, cargo para o qual seria eleito no ano seguinte.
"A única contribuição do prefeito é a coragem. Um político uma vez disse: ‘Deus me poupou do sentimento do medo’. Eu recebo duas, três vezes por dia os números das ocupações (de leitos de UTI e de enfermarias), as transmissões (número médio de transmissão do vírus por infectado, chamado de Rt). Então, garanto a vocês que (não abriremos o comércio) enquanto esses números não nos derem a segurança da abertura, da flexibilização dessa cidade", disse Kalil.
Nos últimos meses, o prefeito de BH, a exemplo de JK na década de 1950, também tem sido pressionado. No caso de Kalil, as cobranças partem dos empresários, que pedem a abertura do comércio em meio à pandemia do novo coronavírus. Atualmente, apenas serviços considerados essenciais podem abrir as portas.
Nesta terça-feira (7), porém, o clima de pressão cessou e deu lugar a apoio. O prefeito recebeu documento assinado por 70 entidades pró-isolamento social. Foi durante a reunião com representantes do grupo que Kalil fez as críticas ao negacionismo e citou JK.
No encontro, o prefeito também agradeceu o apoio e desabafou sobre a pressão que vem sofrendo. Aos domingos, grupos pró-flexibilização do isolamento social têm feito protestos nas ruas de BH.
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Segundo boletim epidemiológico publicado nesta terça-feira pela PBH, a capital mineira tem 8.744 casos confirmados do novo coronavírus, dos quais 190 resultaram em mortes. São 6.290 recuperados e outros 2.294 em acompanhamento.Continua depois da publicidade
Além da crescente no número de contágios, preocupa a alta demanda por internações no sistema público de saúde. Nessa segunda-feira (6), 91% das UTIs e 70% dos leitos de enfermaria específicos para pacientes com COVID-19 estavam ocupados.