O goleiro Bruno Fernandes teve a autorização para trabalho suspensa pela Justiça, de acordo com a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap). A decisão foi tomada depois que o goleiro, que cumpre pena em Varginha, no Sul de Minas, foi flagrado em um bar com mulheres e bebidas alcoólicas. Bruno foi condenado em 2013 a 20 anos e nove meses de prisão pela morte da ex-amante Eliza Samudio.
Bruno também teria um celular, pelo qual estaria trocando mensagens com mulheres diferentes da esposa. Ele teria sido flagrado em um bar próximo à Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), onde presta serviços.
De acordo com a Seap, Bruno cumpre pena em regime fechado no Presídio de Varginha e tinha permissão para o trabalho concedida pelo Poder Judiciário, exercendo função laboral nas obras da Apac de Varginha. A pasta esclarece, ainda, que presos com permissão judicial para o trabalho não necessitam de escolta de agentes de segurança penitenciário.
Bruno saía do presídio às 7h e retornava às 18h, de segunda à sexta-feira, em um transporte fornecido pela Apac, segundo a Seap. Foi a direção do presídio quem comunicou as irregularidades à Vara de Execução da comarca, que suspendeu a autorização para o trabalho do preso.
Armação
Segundo o advogado de Bruno Fernandes, Fabio Gama, o ex-goleiro foi vítima de uma armação. “Ele não tem celular, não faz uso de bebida alcoólica e não se relaciona com outras mulheres, a não ser com a esposa, com quem está casado há quase dez anos. Foi uma armação e estão fazendo uma grande injustiça contra o Bruno”, afirma Gama, que não deu detalhes sobre os próximos passos da defesa.
O caso
Bruno foi condenado, em 2013, pelo homicídio triplamente qualificado da ex-namorada Eliza Samudio, ocultação de cadáver e sequestro e cárcere privado do prórprio filho. Ele chegou a ficar dois meses em liberdade, por causa de uma liminar, entre fevereiro e abril deste ano. Durante o período, atuou pelo Boa Esporte, de Varginha.
Eliza Samudio desapareceu em 2010 e o corpo dela nunca foi encontrado. Ela tinha 25 anos na época e era mãe do filho recém-nascido do goleiro. Na ocasião, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.