Um tribunal brasileiro ordenou que a Vale SA parasse a produção em outra de suas minas de minério de ferro, reduzindo ainda mais a capacidade de produção da empresa depois que uma represa mortal explodiu o escrutínio do governo sobre suas operações.

A mina de Timbopeba, no estado de Minas Gerais, produz 12,8 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, disse a Vale em um comunicado, acrescentando que vai cumprir a decisão do tribunal. O juiz também ordenou que a empresa parasse de usar a represa de Doutor que recebe rejeitos da mina. Uma multa de 500.000 reais ($ 131.000) por dia será imposta em caso de desobediência.

Desde o acidente na barragem de Brumadinho, que deixou mais de 300 mortos ou desaparecidos em 25 de janeiro, a Vale também foi condenada a interromper as operações em sua mina de Brucutu, no mesmo estado. A decisão custou à empresa cerca de 30 milhões de toneladas de produção por ano, forçando-a a declarar força maior em alguns de seus contratos. Os preços do minério de ferro, desde então, aumentaram à medida que os investidores se preocupam com um choque de oferta, mesmo com a Vale insistindo que será capaz de compensar parte da perda de produção.

A Vale disse que a decisão judicial sobre o Timbopeba foi baseada em informações preliminares sobre a represa de Doutor enviada aos promotores públicos do estado de Minas Gerais. Acrescentou que a barragem foi inspecionada em 14 de março por especialistas da agência nacional de mineração, que não encontraram nenhuma “anomalia relevante que coloque sua segurança em risco”.

Fonte:opetroleo.com.br