Decisão publicada visa coibir 'abuso do exercício de manifestação pública' por parte dos militares acampados no jardim do prédio

Fonte:em.com.br

O Governo do Estado de Minas Gerais publicou uma ordem judicial para multar os militares que ocupam o Palácio da Liberdade neste momento em R$ 50 mil por hora. A decisão tem como órgão julgador a 3ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte. Ainda na noite desta quarta-feira, lideranças do movimento informaram que vão acatar a ordem, mas somente após serem notificados.
De acordo com o documento, o ato se trata de um "abuso do exercício de manifestação pública". Segundo o documento articulado pelo Executivo estadual, a medida serve para "proteção da posse, a salvaguarda da vida das pessoas que circulam no entorno da Praça da Liberdade, do Sr. Governador do Estado e dos demais agentes públicos ali presentes".

A decisão ainda pede a "reintegração imediata de posse da área externa e interna do Palácio da Liberdade". Além disso, caso haja resistência em seguir o mandado, o governo solicita "a prisão dos líderes da manifestação, assim identificados pela Polícia Militar – a qual lavrará o respectivo boletim de ocorrência –, inclusive do Deputado Estadual Sargento Rodrigues".

No início da noite de hoje, os servidores da segurança pública montaram oito barracas nos jardins do Palácio da Liberdade , na Região Centro-Sul da capital. Segundo a categoria, a intenção é ocupar o local até serem recebidos pelo governador ou por autoridade que possa negociar as reivindicações.

O grupo faz, entre outros pedidos, a reposição das perdas salariais inflacionárias dos últimos quatro anos, o fim do parcelamento dos salários, e exigem o pagamento do salário no 5º dia útil. "Vamos ficar aqui o tempo necessário. Uma noite, duas, três... Não importa quanto tempo. O comando do trânsito veio conversar e avisamos que vai ficar parado. O governo não vai nos vencer pelo cansaço. Daqui a pouco chega a água e o sanduíche", anunciou o deputado Sargento Rodrigues (PTB).

Os manifestantes acusam desvios no Instituto de Previdência dos Servidores Militares de Minas Gerais e no Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).