O vírus H1N1, o mesmo que causou epidemia mundial de gripe suína em 2009, continua se espalhando por Belo Horizonte. O número de casos chegou a sete na capital mineira. A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) também registrou um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocados por influenza B. Devido ao risco de propagação do vírus, a campanha de vacinação foi antecipada e terá início em 10 de abril. A prefeitura iniciou o cadastro de pessoas acamadas e residentes em casas de repouso para receber a vacina. 

São considerados casos de SRAG as pneumonias, bronquites, bronquiolites e outras infecções de vias aéreas inferiores. Em 2018, foram 75 notificações, sendo 12 pelo vírus da gripe suína. O primeiro caso foi confirmado em 31 de janeiro. O morador começou a sentir os sintomas em 5 de janeiro. 

A transmissão do vírus influenza acontece por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada por meio da tosse, espirro, ou pelas mãos, após contato com superfícies recém-contaminadas. Os casos ocorrem durante todo o ano, mas é mais frequente no outono e no inverno, quando as temperaturas caem. Idosos, crianças, gestantes e pessoas com alguma comorbidade, doença associada, possuem um risco maior de desenvolver complicações.

Os casos de SRAG provocadas por influenza aumentaram 16% em 2018. Foram 348 pessoas diagnosticadas com o vírus, contra 300 em 2017. Em relação as mortes, a situação é ainda pior. O número quase dobrou entre um período e o outro. Foram 98 no ano passado, contra 50 em 2017. A maioria dos casos foi de H1N1. Em 2019, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), já foram notificados 355 casos de hospitalizados, sendo que 10 associados a influenza. 

Proteção


Uma forma de evitar a gripe e/ou atenuar os seus sintomas é por meio da vacina. Neste ano, Minas Gerais terá que vacinar 5,3 milhões de pessoas para alcançar a meta estabelecida pelo Ministério da saúde. Belo Horizonte terá que imunizar 870,4 mil moradores. A campanha foi antecipada. Na capital mineira, vai acontecer de 10 de abril até 31 de maio. As vacinas estão à disposição da população nos 152 centros de saúde da cidade. Para se vacinar, é preciso apresentar o cartão e documento de identidade. 

Devem se vacinar adultos com 60 anos ou mais de idade, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e privadas, povos indígenas, grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, além de crianças de 6 meses a menores de 6 anos. 

Já está disponível o cadastro de pessoas acamadas e residentes em casas de repouso, sem conseguir se locomover, para receber a vacina contra a gripe em domicílio em Belo Horizonte. O procedimento deve ser feito até 4 de maio. A Prefeitura de Belo Horizonte lembra que o serviço é exclusivo para quem faz parte do público-alvo da campanha e não tem condições de ir a um centro de saúde. O cadastramento pode ser feito pelo site da PBH, no banner à direita da tela onde se lê “Vacina da Gripe – Cadastro de acamados”, pelo telefone 3277-7722 ou presencialmente no centro de saúde de referência do paciente.

Fique de olho!

De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas inicial do influenza começam com febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza, fadiga e tosse seca. Em alguns casos, o doente apresenta ainda vômitos e diarreia. “A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios, como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre.” A pasta informa também em sua página na internet que pode haver complicações, necessitando a internação hospitalar. Como os sintomas parecem com resfriados, o ministério indica que aos primeiros sinais,deve-se procurar um médico. Para prevenir, a vacinação.